Cassie, inventado pela Faculdade de Engenharia da Oregon State University, nos Estados Unidos, e produzido pela Agility Robotcs, percorreu 100 metros em 24,73 segundos, estabeleceu um recorde e tornou-se o robô bípede mais rápido do mundo. O feito, ocorrido em maio, faz com que a máquina entre para o Guinness Book, o livro dos recordes.

Com o tempo histórico, Cassie alcançou a velocidade de 14,5 km/h, partindo de posição em pé e retornando à posição sem queda. Para efeito de comparação entre máquina e humano, Usain Bolt, velocista jamaicano recordista olímpico e mundial, já correu 100 metros em 9,58 segundos (cerca de 37,5 km/h).

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Segundo a Oregon State University, é o segundo recorde batido pela máquina, que já havia conquistado o feito há um ano, quando tornou-se o primeiro robô com dois pés, ou bípede, a percorrer 5 quilômetros em pouco mais de 53 minutos com uma única carga de bateria.

A conquista de Cassie é muito importante para o desenvolvimento da robótica. “Cassie tem sido uma plataforma para pesquisas pioneiras em aprendizado de robôs para locomoção”, afirma Devin Crowley, estudante de pós-graduação que liderou a pesquisa sobre velocidade. “Completar 5 quilômetros foi sobre confiabilidade e resistência, o que deixou em aberta a questão de quão rápido Cassie poderia correr. Isso levou a equipe de pesquisa a mudar seu foco para a velocidade”, acrescenta.

Para completar os 100 metros no menor tempo possível, Cassie havia sido treinada por uma semana em ambiente de simulação equivalente a um ano inteiro. Foram utilizadas técnicas de computação que permitiram que Cassie passasse por uma série de experiências de treinamento simultaneamente. De acordo com a Oregon State University, o robô tem a capacidade de dobrar os joelhos da mesma maneira que um avestruz, e opera sem câmeras nem sensores externos.

Dar início às corridas e parar com elas foram, de acordo com os pesquisadores, a etapa mais difícil. “Começar e parar em pé é mais difícil do que a parte de corrida, assim como a decolagem e o pouso são mais difíceis do que realmente pilotar um avião”, esclarece Alan Fern, professor de inteligência artificial ligado ao projeto. “Este resultado de 100 metros foi alcançado por profunda colaboração entre o design de hardware mecânico e inteligência artificial avançada para o controle desse hardware”, diz ele.