18/08/2021 - 16:16
Os robôs da Boston Dynamics mais uma vez conseguiram impressionar e assustar ao mesmo tempo. A empresa divulgou nesta terça-feira (17) um vídeo em que seus robôs, chamados Atlas, praticam parkour com perfeição.
As imagens são resultado do trabalho tecnológico de adaptar os robôs para andar em diversos tipos de piso e a superá-los. Para este tipo de exercício, o Atlas armazena e adapta comportamentos com base nos obstácuos que vê pela frente.
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Isso significa que os engenheiros não precisam pré-programar os movimentos de salto para todas as plataformas possíveis. Basta a equipe criar um número menor de modelos de comportamento que podem ser combinados com diversas paisagens e executados online, o que é um avanço tecnológico desde os vídeos em que os robôs da empresa apareciam dançando.
“Os movimentos do Atlas são movidos pela percepção agora, o que não eram. Por exemplo, os vídeos de dança tratavam de mostrar nossa capacidade de criar uma variedade de movimentos dinâmicos e encadeá-los em uma rotina que poderíamos repetir continuamente. Neste caso, o sistema de controle do robô ainda precisava fazer muitos ajustes críticos em tempo real para manter o equilíbrio e as metas de postura, mas o robô ainda não estava sentindo e reagindo ao seu ambiente”, disse Scott Kuindersma, que integra a equipe de desenvolvedores da Boston Dynamics.
O projeto Atlas funciona como um campo de teste para melhorar as habilidades robóticas da Boston Dynamics em todos os níveis – a empresa não comercializa o Atlas, apenas outros tipos de robôs e processadores de Inteligência Artificial.
Neste último projeto, o parkour envolveu um alto nível de processamento físico e mental que exige comportamentos que humanos fariam inconscientemente, como mudanças de equilíbrio e centro de gravidade. Apesar de ter sido bem sucedido na prática do esporte radical, ainda há bastante para evoluir.
“Há muitos comportamentos interessantes aqui, e alguns deles ainda não são totalmente confiáveis”, diz Ben Stephens, líder de controles do Atlas. “Todo comportamento aqui tem uma pequena chance de falha. São quase 90 segundos de pulos, corridas, curvas, saltos e lançamentos contínuos, então essas probabilidades se somam”.