Após denúncia de assédio sexual, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, foi afastado por 30 dias, neste domingo (06), da entidade. A decisão foi anunciada nesta tarde pela Comissão de Ética da CBF.

Durante o período de afastamento, a presidência será assumida pelo vice mais velho, Antônio Carlos Nunes. Uma reunião entre os diretores e vice-presidentes já foi convocada para a manhã desta segunda-feira (07), no Rio de Janeiro (RJ).

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Agora, Caboclo cuidará de sua defesa e sairá de cena no momento de atrito entre comissão técnica e jogadores da seleção brasileira antes da Copa América. O treinador Tite e o grupo de atletas prometem se manifestar na terça-feira (08) sobre a realização do torneio no país.

Denúncia

Caboclo está sendo denunciado por uma funcionária da entidade por assédio moral e sexual. No documento, a funcionária relata constrangimentos em viagens e reuniões com Caboclo na presença de outros diretores da entidade.

A autora da denúncia, que afirma ter provas do ocorrido, relatou que abusos foram vividos por ela desde abril de 2020. Ela descreveu um episódio em que o presidente perguntou se ela “se masturbava” e, em outro momento, tentou forçá-la a comer um biscoito de cachorro enquanto a chamava de “cadela”.

A funcionária relatou ainda que Caboclo expôs sua vida pessoal, criando histórias falsas sobre supostos relacionamentos que a funcionária teve com membros da CBF. O presidente também foi acusado de ter cometido estes abusos enquanto estava sob efeito de bebidas alcoólicas durante o expediente.