A onda do carro limpo e elétrico tomou conta do evento mais glamoroso do calendário da indústria automobilística, o Salão do Automóvel de Genebra. Até mesmo a tradicional e luxuosíssima Rolls-Royce acabou se plugando nessa tendência e lançou um modelo elétrico no salão, que acontece até 13 de março, no Palexpo, na capital da diplomacia mundial, plantada à beira do Lac Léman.

Acostumado a equipar pesados aviões e automóveis que traduzem toda a opulência que o dinheiro pode comprar, o motor Rolls-Royce se rendeu à energia limpa das baterias de lítio. 

 

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US$ 400 mil? Preço do elétrico de luxo ainda não foi definido

200 km: é a autonomia do Phanton EE, a uma velocidade máxima de 71 km/h

 

Sua versão automotiva equipa o modelo 102EX, também conhecido no QG da companhia, em Goodwood,  no sul da Inglaterra, como Phantom Experimental Electric. Ou Phantom EE, para os íntimos. “Nós desenvolvemos o primeiro motor elétrico para o segmento de carros ultraluxo”, disse Torsten Müller-Ötvös, CEO da Rolls-Royce.  

 

Na verdade, cada carro vem equipado com dois motores elétricos, refrigerados a água, que atingem velocidade máxima de 71 quilômetros por hora e são alimentados por 96 células de lítio. 

 

A autonomia é de 200 quilômetros. Para recarregá-las são necessárias oito horas na tomada (ou uma carga wireless). É claro que somente a fonte de energia para fazer o carro andar é que mudou. 

 

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Sob o capô: cada carro vem equipado com dois motores elétricos

 

O acabamento impecável em couro costurado à mão e as madeiras nobres (o cliente escolhe com qual quer decorar seu RR) do painel continuam lá. Bem como as dimensões de um típico Rolls-Royce, uma das marcas preferidas da casal real inglesa, que mais parece uma limusine (um Phantom tem cerca de seis metros de extensão). 

 

Por ser um carro-conceito, o modelo só foi exibido até agora na no Salão de Genebra e ainda não está à venda – conforme a reação da imprensa especializada e dos consumidores em potencial, que visitam o evento, a montadora coloca ou não o modelo em produção. 

 

Se isso acontecer com o Phantom EE (e tudo indica que sim), o interessado pode reservar pelo menos US$ 400 mil para adquirir o possante eletrizado da Rolls-Royce,  caso se considere que esse é o preço médio de um modelo dessa linha da marca.

 

Vale a pena pagar tudo isso por um único veículo? A resposta está na ponta da língua de Richard Carter, porta-voz da montadora inglesa: “Nossos carros são como obras de arte.” 

 

Considerando o status da marca e a sofisticação impressa em cada detalhe de seus modelos, muitos consumidores concordam com ele. Fora o charme de andar em um carro que, além de toda a história e tradição que carrega, ainda traz uma grande grade de radiador decorada com a famosa lady voadora, batizada adequadamente The Spirit of Ecstasy. Essa bela senhora, aliás, completa 100 anos em 2011 e ganhou uma roupagem novíssima e high-tech, com luz azul de LED  para a versão elétrica do Rolls-Royce.