25/08/2001 - 7:00
O chef Emmanuel Bassoleil, dono do estrelado restaurante paulistano Roanne, entende tanto de gastronomia como da França. Ele é francês e, mesmo no Brasil há 14 anos, não perde as referências do seu país de origem. Naturalmente, Bassoleil já deixou de contar as vezes que os amigos o consultaram antes de uma viagem pa-ra a Europa. ?Eles me pedem dicas de bons passeios e, claro, de bons restaurantes na França.? A sugestão para os amigos virou roteiro de viagem. A programação da Eyon Viagens Temáticas, empresa de turismo de São Paulo, foi toda elaborada pelo chef francês. Dos lugares visitados aos hotéis e restaurantes. São nove dias de passeios pela França, num roteiro gastronômico e histórico inesquecível. ?Procurei selecionar o que há de melhor no país?, conta Bassoleil. ?Não há nada do programa que eu não tenha feito e recomendado antes.?
O roteiro começa em Paris, mas o principal objetivo é percorrer os vinhedos e castelos medievais das regiões de Borgonha e Beaujolais. Um dos pontos altos da viagem será a visita às caves Möet & Chandon. Além de conhecer onde se produz um dos mais famosos champanhes do mundo, os viajantes serão convidados de honra para um almoço na própria adega. ?Não é um restaurante aberto a qualquer pessoa?, ressalta Bassoleil. E para não dizer que a França só tem champanhe, está prevista uma visita à cervejaria Fischer, em Strasbourg, na Alemanha. Na cave Veuve Cliquot, é possível até fazer um passeio de balão ou andar de bicicleta pelos vinhedos. Outro restaurante imperdível é o Boyer, que fica dentro do castelo Les Crayéres. Para Emmanuel Bassoleil, este é um dos principais endereços da atual gastronomia francesa.
Como todo roteiro feito para um amigo, os detalhes é que fazem toda a diferença. Primeiro que os grupos não podem ter menos de oito pessoas e mais de 22. Bassoleil também faz questão que as viagens de ônibus não ultrapassem uma hora e trinta minutos. ?Sei o quanto é desagradável passar horas em traslados.? Até os cardápios dos restaurantes foram estudados com cuidado pelo chef para evitar contratempos naturais pela diversidade de costumes. Risque esta viagem dos seus planos se você estiver disposto, por exemplo, a experimentar pratos considerados exóticos por aqui e tradicionais na França como scargot ou miúdos. Como a maioria dos brasileiros prefere distância desses sabores, eles foram cortados do roteiro. No lugar, menu a base de peixes de água doce e frios. A programação de nove dias custa cerca de US$ 5 mil, isso sem incluir passagens aéreas, com saída prevista para o dia 14 deste mês.