A Rumo tem no currículo o posto de maior operadora de ferrovias do Brasil, com serviços logísticos de transporte, elevação portuária e armazenagem. A empresa opera 12 terminais de transbordo e seis portuários, além de ter 1,4 mil locomotivas – e 35 mil vagões – em atividade em 14 mil quilômetros de vias, por nove estados. E, segundo o CEO, João Alberto Abreu, há muito espaço para crescimento.

A afirmação está baseada principalmente no desempenho positivo das operações de grãos da Rumo no primeiro semestre de 2022 na comparação anual. O balanço indicou alta de 17,5% nas atividades de soja, farelo de soja, milho, açúcar, fertilizantes e outros grãos, além de ganhos de 5,6% em produtos industriais e de 13,2% em contêineres.

+ Ministério abre inscrições para seleção de startups do Agro no Nordeste

No último ano, de acordo com ele, o Brasil consolidou a posição de maior fornecedor de grãos do mundo, respondendo por 36% do trading global. “Enquanto nos Estados Unidos cerca de 70% da área de plantio já está ocupada, no Brasil apenas um quarto do território agricultável encontra-se ocupado. Ou seja, há margem para crescimento exponencial.”

As exportações do Mato Grosso, um dos polos de operações da Rumo, cresceram em 4 milhões de toneladas (+ 12,5%), enquanto a empresa registrou aumento de 25%, com alta de 5 p.p. no market share, para 44%. Se levadas em conta todas as malhas, a participação da companhia no mercado de grãos teve incremento de 6 p.p., para 45%, do volume transportado para outros países nos portos de Santos, Paranaguá, São Francisco do Sul e Rio Grande. “A Rumo cresceu aproximadamente 5 milhões de toneladas em carregamento para exportações.”

Diante do desafio fiscal no País, Abreu defende a participação da iniciativa privada na expansão do modal ferroviário no País, a exemplo de outros projetos nos mais diversos segmentos. Na visão dele, investimentos massivos devem estar atrelados a contratos de longo prazo, com toda segurança jurídica, regulatória e institucional. “Criar condições para viabilizar essa parceria público-privada é o que se espera de nossos governantes”, disse. “Não é um projeto deste ou daquele governo, mas de estado, com potencial para impactar positivamente a infraestrutura e a economia de um país.”