Procuram-se interessados em investir em uma empresa com sólida atuação no ramo esportivo, com faturamento de R$ 32 milhões, potencial para crescer 20% ao ano e que nunca fechou um exercício sequer no vermelho. Exige-se espírito empreendedor e capital mínimo de
R$ 80 mil. Rentabilidade garantida. Este não é um anúncio que será publicado em jornais ou revistas, mas sim o discurso usado por Mário Sérgio Luz Moreira, diretor-presidente da Runner, para tentar seduzir potenciais investidores. Pioneiro no segmento de fitness, Moreira quer fazer das parceiras a principal alavanca para o crescimento de sua rede de academias. Atualmente, a Runner conta com 10 unidades na Grande São Paulo, por onde passam 25 mil alunos. O plano de expansão prevê a abertura de seis filiais até o final do ano. Metade delas fora das fronteiras paulistas: ?Vamos fincar nossa bandeira em Brasília, Porto Alegre e Curitiba?, conta ele. No total, vão ser investidos R$ 25 milhões. ?A maior fatia deste bolo vai ser bancada pelos parceiros com os quais já estamos conversando?, explica o fundador da Runner.

Moreira entrou no segmento de fitness por obra do acaso.
Praticante de basquete e jui-jitsu, ao visitar o irmão que morava
em Los Angeles (EUA), em 1983, ele aproveitou para conhecer as mega-academias da cidade. À época, a grande novidade era a ginástica aeróbica, cuja principal entusiasta era a atriz Jane Fonda. Nas rádios, a música ?Phisical?, de Olivia Newton-John, dava o tom de um segmento que se transformaria em uma das maiores indústrias do planeta. ?Vi neste modelo de negócio a chance de trabalhar não apenas com atletas profissionais mas com pessoas comuns, interessadas em manter a forma física?, explica. O pioneirismo garantiu bons dividendos. Agora, ele espera que boa parte deste público passe para outro lado do balcão.