O Kremlin classificou nesta segunda-feira (4) como “infundadas” as informações publicadas em uma ampla investigação jornalística, as quais revelam que várias pessoas próximas ao presidente Vladimir Putin possuem riquezas em sociedades pouco claras.

“Aqui, estamos simplesmente diante de um caso de acusações totalmente sem fundamento (…) Quando há publicações sérias, baseadas em coisas, ou fazendo referência a coisas sérias, então nos informaremos com interesse”, desconversou o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, em declaração à imprensa.

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“Não entendo com base em quê estas informações podem ser consideradas confiáveis”, completou.

Batizados de “Pandora Papers”, as reportagens investigativas foram divulgadas no domingo (3) pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla inglês).

De acordo com este material investigativo, Svetlana Krivonogikh, uma mulher apresentada pela imprensa russa como ex-amante de Putin, adquiriu em 2003 um apartamento por US$ 4 milhões em Mônaco, por meio de contas offshore.

O ICIJ também envolve outras personagens próximas ao presidente russo. Entre elas, está Piotr Kolbin, beneficiário de uma rentável montagem offshore que envolveu o oligarca Guenadi Timchenko, outro amigo de Putin.

Vários governantes do mundo todo são identificados nos “Pandora Papers”, uma investigação jornalística internacional que revela bens ocultos em paraísos fiscais.