Cuba e Rússia se comprometeram nesta sexta-feira a fortalecer seus vínculos na indústria do turismo, com a retomada dos voos de Moscou a Varadero em julho e um aumento dos investimentos em infraestrutura hoteleira na ilha.

Segundo o diretor-geral da Aeroflot, Aleksandrovsky Sergey, os planos para o setor turístico enquadram-se na intenção de fortalecer, neste ano, a “associação estratégica” entre as duas nações anunciada em dezembro passado.

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Quando o setor do turismo, motor da economia cubana, sofria com a ausência quase total de visitantes, no começo da pandemia, os russos levaram alívio à ilha, ao aumentarem suas viagens em 2020 e 2021. Em março de 2022, porém, este fluxo foi interrompido de forma abrupta, devido ao fechamento dos espaços aéreos da Europa, após a invasão à Ucrânia.

O vice-premier russo, Dmitry Chernyshenko, ressaltou hoje que “as empresas russas trabalham em projetos de investimento no território cubano”, na construção de hotéis e na reforma de hospedagens existentes.

Em meio à pior crise econômica em três décadas, com escassez de alimentos, remédios e combustível, o governo cubano pretende atrair 3,5 milhões de visitantes estrangeiros em 2023. Até o fim de março, haviam chegado ao país 984 mil turistas internacionais, segundo dados oficiais, com destaque para os canadenses, seguidos pelos cubanos que vivem no exterior e por visitantes dos Estados Unidos.