O preço do material escolar pode subir, em média, 8,5% – 9% em 2024. Segundo a economista e professora da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), Nadja Heiderich, o aumento é resultado de fatores com a inflação, o aumento dos custos de produção e o dólar mais alto.

No entanto, para ‘alívio’ do consumidor, é possível seguir algumas estratégias para evitar aperto no bolso ou endividamentos na hora de quitar os itens escolares. Especialista explica que, seguindo algumas dicas de reaproveitamento de materiais do ano anterior e aposta na pesquisa de preços com antecedência, é possível economizar entre 10% e 40% nas compras.

“No caso de desconto ou aproveitando promoções, muitas lojas retiram taxas de cartão de crédito, então já dá mais do que 5% off; se o consumidor está reutilizando o material escolar do irmão do ano anterior, por exemplo, já deixa de comprar itens. Optando por marcas mais baratas, também chega-se numa faixa de economia de 10% a 40%”, explica Graziela Fortunato, especialista em Finanças Pessoais na Escola de Negócios da PUC Rio, reforçando que há diversas oportunidades de economia.

Confira algumas dicas essenciais para conseguir os maiores descontos e economizar nas compras do material escolar:

  • Reutilizar material do ano passado: confira quais itens estão em boas condições para reaproveitá-los;
  • Substituir itens: na hora de comprar, optar por compra de marcas mais baratas. “Isso não significa que a qualidade seja necessariamente ruim. Os produtos substitutos também podem ser comprados com qualidade. Ás vezes não tem o ‘nome’ [de uma marca conhecida] e por conta disso fica mais barato”, afirma Graziela;
  • Atenção às promoções: nada melhor do que uma pesquisa de preço. “Com a internet, o consumidor pode fazer essa pesquisa de preço online. Como as coisas são padrão, como cadernos, por exemplo, não é sempre necessário ir até a loja. Às vezes você conhece a marca, às vezes você conhece o produto e você pode comprar online, e sempre no online é mais barato”, completa a professora;
  • Peça desconto: Material escolar se compra em grandes quantidades: vários cadernos, vários lápis, entre outros. Então pedir desconto é sempre uma boa opção.

Vale lembrar que a escola não pode exigir marca específica na lista do aluno. A lista de material às vezes vem com uma questão de indicação de marca e deve ser discutida. Se não vai comprometer o desempenho da atividade proposta, não é uma obrigatoriedade, conforme ressalta o Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC).

Segundo levantamento da FECAP, os itens que mais subiram de preço são aqueles que têm maior dependência de matérias-primas importadas, como o papel e a tinta. Entre os itens que tiveram os maiores aumentos, estão:

  • Cadernos: 15%
  • Lápis de cor: 12%
  • Borrachas: 10%

Para economizar na hora de comprar o material escolar, a professora da FECAP também dá sugestões aos pais e responsáveis:

  • Pesquisar preços em diferentes lojas, inclusive online. O mesmo item pode ter preços bem diferentes de uma loja para outra, inclusive entre lojas online e físicas.
  • Comprar material escolar usado. Existem várias opções para comprar material escolar usado, como sites de compra e venda online, grupos de troca em redes sociais e bazares de escolas.

Preços de material escolar variam mais de 600% em sites, diz Procon

Um levantamento do Procon-RJ mostrou que o valor dos itens pode variar em até 600% dependendo do site pesquisado. A borracha branca foi a campeã, variando 639,13% – foram encontrados preços entre R$ 1,15 e R$ 8,50. A sondagem, feita no comércio eletrônico, é dos dias 2 a 5 de janeiro.

Outra borracha plástica com cinta custava, em um determinado site, R$ 1,38 e, em outro, R$ 9,90. As menores variações foram observadas para uma tesoura, que oscilou 3,16%, e um caderno de caligrafia de 48 folhas (3,41%).