O hábito de investir ainda não é muito comum entre os jovens brasileiros, mas está crescendo. Segundo dados da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), a participação de jovens de até 25 anos no mercado de ações aumentou 8,52% nos últimos três anos. Geralmente sem muitos exemplos em suas famílias, os novos investidores acabam sendo influenciadas por fatores externos.

 

Aline Rabelo, coordenadora do Investmania, com quase dez anos de experiência no mercado financeiro, afirma que o mundo dos investimentos, principalmente os mais agressivos, ainda assusta as novas gerações. “Aqueles que entram vão por esforço próprio ou motivados por algo que viram ou ouviram nas empresas em que trabalham ou na faculdade”, diz. 

 

Para entender como pensam e decidem esses jovens, DINHEIRO inicia uma série que revela os diferentes perfis dos novos investidores, na faixa dos 20 aos 30 anos, que vão do estilo moderado, passando pelo conservador até o agressivo. 

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De perfil moderado, o estudante André Iochida entrou no mercado de ações com R$ 5 mil

 

No primeiro perfil da série, DINHEIRO conta a experiência do estudante André Iochida que, com 23 anos, se considera um investidor moderado.

 

Nome: André Iochida

Idade: 23 anos

Profissão: Estudante de Administração

Perfil: Moderado

Investimentos: Ações da área de varejo, petróleo e alimentos

 

 

DICA DO CONSULTOR

Para quem tem o perfil moderado, como o de André, a principal dica é se informar, ter segurança e procurar ajuda antes de investir. Apesar dos riscos, esse exercício pode minimizar experiências traumáticas como foi a de André com a OGX.

 

?O Brasil ainda é muito pobre em educação financeira. Mais informações sobre o mercado de ações talvez despertem em alguns jovens a curiosidade, mas não é o suficiente?, afirma a coordenadora do Investmania. No caso de Iochida, o interesse veio da faculdade. Desde o primeiro ano, quando começou a ter aulas de finanças de mercado, notou que levava jeito para o negócio. ?Fiquei muito interessado em investir, fui atrás de um curso básico de ações”, diz Iochida.

 

Quando as perdas ensinam

 

De sua família, Iochida não teve incentivos para opções mais arriscadas. Ele conta que sempre teve preferência por investir em imóveis. ?Com o curso eu consegui ter noção de fundamentos e estratégias para começar a aplicar.” Com R$ 5 mil emprestados do pai, Ioshida começou sua vida de investidor.  Com cautela, foi buscando informação e a ajuda de profissionais especializados antes de comprar ações. 

 

Passou por crises e admite que perdeu muito dinheiro com as ações da OGX, empresa do Grupo EBX, de Eike Batista. ?Quando eu comecei a operar as ações da OGX custavam R$ 18. Tive algum lucro, mas depois vi elas despencarem para R$ 5, até chegarem a R$ 3,70.” Apesar da experiência dolorida, Iochida toma o episódio como forma de aprendizado. Atualmente prefere ações, segundo ele, mais sólidas como a do Magazine Luiza e Marfrig, apesar de continuar com OGX.  

 

Busca de informações

 

Para Iochida as melhores formas de buscar informações são chats de sites especializados que ele utiliza todos os dias na abertura e no fechamento do mercado. Lá ele analisa ações e gráficos, a partir daí afirma tomar suas decisões. 

  

 

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