10/10/2020 - 9:30
Com a aproximação do verão e o aumento da temperatura em São Paulo, é cada vez menor a quantidade de pessoas que permanecem completamente em isolamento social. Ontem, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou que seis regiões do estado passaram para da fase amarela para a fase verde do Plano São Paulo, de retomada da economia. As áreas que avançaram, ou seja, com menos restrições sobre circulação e maior liberdade para atividades comerciais e de entretenimento, são: Região Metropolitana de São Paulo —que voltou a ser unificada—, Sorocaba, Piracicaba, Campinas, Taubaté e Baixada Santista. Elas concentram 76% da população do estado, segundo o governo do Estado.
Você sabe o que é permitido, ou não, em cada local? Conhece o horário de funcionamento e quais estabelecimentos estão abertos? A IstoÉ Dinheiro reuniu as principais regras para que você se programar para encarar a nova fase e diminuir o seu confinamento. Confira abaixo:
Fase verde
É segunda menos restritiva do plano, e começa a valer a partir de hoje. Nela, é liberado o funcionamento de cinemas, museus, teatros e eventos. Apesar da liberação para a abertura, estes estabelecimentos ainda devem obedecer aos protocolos de higiene e distanciamento. Os locais devem ter uma taxa de ocupação máxima de 60%.
Regiões com problemas
A única região que regrediu foi a de Barretos, e, agora, está na fase laranja, a segunda mais restritiva. O Plano São Paulo tem cinco etapas —a flexibilização das medidas vai da fase vermelha (com mais restrições) até a azul (com o cenário da pandemia mais controlado).
O que você pode fazer na capital neste feriadão
- Os setores de serviço e consumos podem funcionar com uma taxa de ocupação maior e por mais horas.
- Shoppings centers, estabelecimentos comerciais e galerias podem funcionar com 60% da capacidade, por 12 horas.
- Bares e restaurantes também devem seguir taxa de 60% da ocupação e podem ficar abertos até as 23h, mas os serviços deverão ser interrompidos uma hora antes, às 22h.
- Salões de beleza e academias também podem abrir com 60% de lotação, claro, obedecendo os protocolos de higiene e distanciamento de cada setor.
- Atividade que causem aglomeração, do tipo festas e baladas, não serão permitidos mesmo na fase verde.
Bares e restaurantes
Até 16 de outubro, a capital paulista deve liberar o uso de mesas e cadeiras nas calçadas de bares, restaurantes e lanchonetes. A medida, reivindicada pelo setor gastronômico desde a reabertura, em julho, prevê uma série de protocolos e deve responsabilizar os estabelecimentos pela prevenção a possíveis aglomerações.
Atualmente, é obrigatório a medição de temperatura antes de entrar, faixas determinando distanciamento físico entre os clientes, distribuição de álcool gel e máscaras. O atendimento também só pode ser feito para clientes sentados.
Cinemas, teatros e museus
Cinemas, teatros, casas de espetáculos, museus, bibliotecas e outros equipamentos culturais podem reabrir. Estes espaços deverão ter a capacidade máxima de 60% do total e higienização entre sessões.
O público também deverá passar por medição de temperatura antes de entrar e os ingressos devem ser vendidos, preferencialmente, de maneira online ou remota. Os estabelecimentos devem estimular o distanciamento de 1,5 metro entre as pessoas e uso de máscaras é obrigatório.
Festas em casa
Apesar da flexibilização do isolamento social, festas ou churrascos em condomínios durante a pandemia podem gerar multas ou expulsão. Segundo especialistas, os síndicos têm o poder de proibir ou autorizar eventos nos prédios.
No início de setembro, a Prefeitura de São Paulo já havia liberado que salões de festas, bufês infantis, boates e discotecas funcionem como restaurantes ou bares durante a pandemia, desde que sigam o protocolo indicado para esses estabelecimentos.
Na Fase Verde, eventos como convenções, seminários, workshops, palestras, feiras de artesanato, gastronômicas, de negócios e similares podem acontecer.
Dificuldades do setor
Apesar da retomada do setor, cerca de 50 mil estabelecimentos fecharam as portas no Estado por causa da pandemia de coronavírus, segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). Os pequenos estabelecimentos foram os mais atingidos pela crise.
Para a entidade, esse movimento tem acontecido pela diminuição do poder de consumo e pelo medo que algumas pessoas ainda têm de ir às ruas, mesmo com as medidas de flexibilização da quarentena, que está em vigor desde março deste ano.
A Abrasel, em nota divulgada recentemente, alertou que muitos outros estabelecimentos devem fechar até o início do ano que vem.
A associação acredita que a volta da cobrança de impostos e o pagamento dos empréstimos solicitados ao longo da pandemia podem estar entre os motivos.