A cantora Anitta revelou no último sábado (3) que foi diagnosticada com o vírus Epstein-Barr, que pode causar doenças como lúpus eritematoso sistêmico, esclerose múltipla e diabete do tipo 1.

A manifestação mais comum do vírus, no entanto, é a mononucleose infecciosa, conhecida como “a doença do beijo”, pois é contraída após contato com secreções como a saliva. A infectologista do Hospital Sírio-Libanês Mirian Dal Ben explicou quais são os sintomas mais perceptíveis da doença.  

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“A maior parte das pessoas pega quando é criança e as manifestações são bem mais tranquilas, com sintomas como uma gripe. Mas, quando ele é pego na vida adulta ou na adolescência, os sintomas são bem mais pronunciáveis. São gânglios na região do pescoço, uma dor de garganta forte, manchas brancas nas amígdalas. Além disso, o vírus pode dar diferença no tamanho do fígado e do baço, com febres que podem durar até quatro semanas”, explicou.

Tem tratamento? 

Não existe tratamento relacionado diretamente ao combate do vírus de Epstein-Barr. A médica infectologista do Hospital Albert Sabin Dania Abdel Rahman explica que o tratamento envolve somente os sintomas da doença. 

“Analgésicos e remédios contra a febre. Pode haver, relacionada a mononucleose infecciosa, uma manifestação cutânea e, nesses casos, é importante a indicação de antialérgicos para que essas coceiras das lesões tenham melhora”, disse. 

Existe vacina?

Não há vacina contra esse vírus, mas, uma vez que ele é contraído, o seu corpo fica autoimune. Mirian explica que ele vai ficar “morando” em seu corpo para sempre, mas em equilíbrio.     

“Uma vez que você pega, o vírus fica morando no seu corpo para sempre, como acontece, por exemplo, com o vírus da catapora e da herpes. Mas ele fica sem se manifestar porque o seu sistema imune e os anticorpos desenvolvidos durante a doença aguda dão conta de controlar a manifestação do vírus”, encerra.