O deputado federal Diego Garcia (Republicanos-PR) será o relator do processo de cassação da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP). Garcia foi escolhido pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta terça-feira, 17, para analisar o caso da parlamentar, que foi condenada a dez anos de prisão, perda do mandato e multa devido à invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Depois da análise na CCJ, que deve dar parecer positivo ou negativo para a cassação, o processo de Zambelli será submetido à votação no plenário da Câmara dos Deputados. Caso 257 parlamentares votem a favor, a deputada foragida perderá seu cargo em definitivo.

Diego Garcia, o relator do processo, faz oposição ao governo Lula. É filiado ao Republicanos, partido do Centrão. Aos 40 anos, está em seu terceiro mandato e é vice-presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Vida e da Família. Em 2022, foi reeleito para a Casa com 65.416 votos.

Em sua biografia no site da Câmara, Garcia se apresenta como “deputado federal eleito pelo Paraná. Em defesa da vida e da família, combate à corrupção, alfabetização e doenças raras”.

O deputado já enfrentou uma representação do Conselho de Ética da Câmara após discutir com o atual ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, que também era deputado na época.

Em 2021, Garcia agrediu e puxou o computador de Teixeira durante uma sessão em que se debatia o uso medicinal de cannabis. O processo foi extinto após um pedido de desculpas de Garcia.

Durante as eleições de 2022 e 2024, o parlamentar apoiou o ex-presidente Jair Bolsonaro. Em 2022, participou de uma missa ao lado do ex-presidente no Santuário São Miguel Arcanjo, em Bandeirantes (PR) – cidade natal do deputado.

A deputada federal licenciada Carla Zambelli deixou o País e está morando na Itália desde que foi condenada pela invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O deputado federal Coronel Tadeu (PL-SP), seu suplente, foi empossado na última segunda-feira, 16 e assumiu o cargo.

Atualmente, um processo de extradição está em curso contra a deputada, que pode ser enviada de volta ao Brasil. Ao mesmo tempo, também corre um processo de cassação, que pode resultar na perda em definitivo do seu mandato.

Zambelli se encontra, no momento, com prisão preventiva decretada, devido a tentativa de fuga, com os seus rendimentos congelados por ordem no ministro Alexandre de Moraes, sem as redes sociais e com seu nome incluso na lista de difusão vermelha da Interpol.