A mineradora Samarco e suas controladoras – Vale e BHP Billiton –  deveriam depositar nesta quarta-feira, 3, o valor de R$ 2 bilhões  determinado pela Justiça, em caráter liminar, para o fundo de  recuperação da bacia hidrográfica do Rio Doce. Porém, as empresas devem  entrar com uma representação, ainda nesta quarta, para solicitar a  prorrogação do prazo. As informações são da Advocacia-Geral da União  (AGU), que vai analisar o pedido.

Será a segunda vez que as  empresas pedem para adiar a data do depósito, inicialmente fixada para  19 de janeiro. O valor é apenas a primeira parcela do total de R$ 20  bilhões de indenização pedidos pela União e pelos Estados de Minas  Gerais e Espírito Santo em ação civil pública, ajuizada ano passado. O  fundo será utilizado na recuperação do meio ambiente e na reparação dos  danos socioeconômicos causados pelo ‘tsunami’ de lama da barragem de  Fundão, em Mariana, que rompeu em 5 de novembro.

A Samarco  informou que apresentou petição à Justiça Federal na segunda-feira,  comprovando que as garantias já concedidas somariam R$ 2,3 bilhões,  ”demonstrando a desnecessidade de nova caução ou sobreposição de  garantias”. Esse montante seria fruto de outros acordos e a possível  justificativa para pedir, novamente, a prorrogação da data do depósito. A  mineradora afirma negociar com a AGU um acordo para que o problema seja  resolvido fora da esfera judicial.