26/10/2016 - 10:41
A margem financeira bruta do Santander teve aumento de 5,9% no terceiro trimestre deste ano ante os três meses anteriores, totalizando R$ 8,267 bilhões. Em um ano cresceu 8,3%.
O crescimento, de acordo com o Santander, foi impulsionado por maiores ganhos em captações e operações com o mercado, e contribuiu para a expansão de 5,1% das receitas totais na comparação trimestral. Esta linha também é influenciada pela alta das comissões, que chegou a 17,8% em 12 meses, ou 3,3% entre os dois últimos trimestres.
“A consistência do crescimento das receitas de comissões é resultado, como já mencionamos em trimestres anteriores, da expansão e vinculação da base de clientes, o que aumenta o volume de transações com o banco”, destaca o Santander, em nota à imprensa.
Receitas
As receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias do Santander Brasil totalizaram R$ 3,437 bilhões no terceiro trimestre, cifra 17,74% maior que a registrada um ano antes, de R$ 2,919 bilhões. No comparativo trimestral aumentaram 3,3%.
De janeiro a setembro, as receitas de serviços e tarifas alcançaram R$ 9,856 bilhões, alta de 13,9% em 12 meses.
O Santander explica, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, que no trimestre, algumas linhas foram impactadas por fatores sazonais ou aspectos específicos, como seguros. Os destaques foram cartões, serviços de conta corrente e receita de administração de fundos, consórcio e bens.
As comissões com cartões totalizaram R$ 2,893 bilhões no acumulado do ano até setembro, alta de 13,6% em 12 meses e de 8,0% no terceiro trimestre ante o segundo, em razão principalmente de maior receita de intercâmbio pelo maior volume de faturamento. Já as comissões com serviços de conta corrente foram a R$ 1,881 bilhão, elevação de 25,7% e 7,1%, respectivamente. Segundo o banco, é reflexo da continuidade na melhora da vinculação de clientes e aumento da transacionalidade.
As comissões com seguros totalizaram R$ 1,523 bilhão de janeiro a setembro, aumento de 8,8% em 12 meses e queda de 9,7% no terceiro trimestre ante o segundo. “A variação em três meses está impactada pelo efeito sazonal decorrente da realização de campanhas na rede durante o primeiro semestre”, explica o banco, em relatório.
As comissões de receitas de administração de fundos, consórcios e bens atingiram R$ 811 milhões de janeiro a setembro, com aumento de 3,9% em um ano de 8,1% em no terceiro trimestre ante o segundo. “A evolução anual é explicada, em grande parte, pela venda do negócio de custódia ocorrida no terceiro trimestre de 2015. Excluindo este efeito, a variação seria de 15,4% em doze meses. No trimestre, o bom desempenho reflete basicamente o aumento no volume de captações”, detalha o Santander, em seu balanço.
Despesas
As despesas gerais do Santander totalizaram R$ 4,535 bilhões no terceiro trimestre, aumento de 5,8% em 12 meses e de 2,5% em relação ao segundo trimestre. De acordo com o banco, o aumento foi “limitado” e resulta da gestão de gastos realizada.
As despesas de pessoal somaram R$ 2,163 bilhões de julho a setembro, elevação de 3,9% ante os três meses anteriores. Outros gastos administrativos foram a R$ 2,371 bilhões, alta de 1,3% na mesma base de comparação.
O Santander destaca ainda que, como consequência do crescimento das receitas e da qualidade do acompanhamento das despesas, o índice de eficiência melhorou de 48,5% no segundo trimestre para 46,2% no terceiro. Neste caso, quanto menor, melhor.
“Isso equivale a dizer que cada R$ 100,00 em receitas geradas pelo banco correspondem a um gasto de R$ 46,20 na operação”, explica o Santander, em nota à imprensa.
O índice de Recorrência (comissões sobre despesas gerais) da instituição subiu de 75,2% ao final de junho para 75,8% no término de setembro.