Ribeirão Preto, 14 – O diretor financeiro e de relações com investidores do Grupo São Martinho, Felipe Vicchiato, afirmou nesta terça-feira, 14, em teleconferência com analistas, que a estiagem que atinge a região Centro-Sul do Brasil na safra 2018/2019 de cana-de-açúcar deve fazer com que o processamento das usinas da companhia no período termine em outubro. Normalmente, as usinas seguem processamento até novembro e, em alguns anos, até o início de dezembro.

Segundo ele, a seca já reduziu de 23 milhões para 20,5 milhões de toneladas a perspectiva de moagem do grupo na safra.

Só no primeiro trimestre de 2018/2019, entre abril e junho, o Grupo São Martinho relatou um processamento de 9,508 milhões de toneladas de cana, ou 46% do guidance apresentado.

O volume moído no período superou em 8,8% o total de 8,739 milhões de toneladas moído em igual período de 2017/2018. “A surpresa positiva é o ATR (Açúcar Total Recuperável) (alta de 5,5%) com o tempo seco observado desde o início da safra, mas a produtividade teve queda de 7,4%”, disse. “Se não fosse a forte seca deveríamos moer 23 milhões de toneladas”, completou.

Segundo Vicchiato, a moagem das usinas no Centro-Sul do Brasil não deve ser muito maior que 550 milhões de toneladas em 2018/2019, com o final da safra em outubro, justamente por conta da estiagem, que favorece a colheita e o processamento e reduz a oferta da cultura.