A Secretaria da Saúde de São Paulo confirmou nesta quarta-feira, 12, o registro da primeira morte por varíola dos macacos no Estado. O paciente, de 26 anos, era morador da capital paulista. Conforme a pasta, ele estava internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas havia mais de dois meses e tinha “diversas comorbidades”. É o sexto óbito pela doença notificado no País – os outros ocorreram em Minas Gerais e no Rio de Janeiro.

Ao todo, São Paulo tem 3.861 casos confirmados da varíola (monkeypox), com redução do registro de novas infecções nas últimas semanas, informou a Secretaria de Estado da Saúde. A pasta reforçou ainda que o atual surto não tem a relação com os macacos e que a prevalência na transmissão é por “contato íntimo e sexual” entre pessoas.

O governo paulista não detalhou quais eram as comorbidades do paciente. Conforme a Secretaria da Saúde, o paciente “passava por tratamento com antivirais para uso emergencial em pacientes graves”.

Estado do Rio notifica terceira morte por varíola dos macacos

Os demais óbitos foram registrados no Estado do Rio de Janeiro e outras duas em Minas Gerais. Nos quatro primeiros casos, as vítimas eram homens e tinham comorbidades e baixa imunidade, segundo as autoridades de saúde. Ainda não há informação sobre a quinta morte, reportada no Rio.

Conhecida internacionalmente como monkeypox, a varíola dos macacos é uma doença causada por vírus e transmitida pelo contato próximo ou íntimo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. O contato pode se dar por meio de um abraço, beijo, massagens, relações sexuais ou secreções respiratórias. A transmissão também ocorre por contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies que foram utilizadas pelo doente.

Prevenção

A Secretaria de Estado da Saúde listou algumas medidas de prevenção contra a monkeypox:

– Evitar contato íntimo ou sexual com pessoas que tenham lesões na pele.

– Evitar beijar, abraçar ou fazer sexo com alguém com a doença.

– Higienizar as mãos com água e sabão e uso de álcool em gel.

– Não compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres, copos e objetos pessoais.

– Usar máscaras, acessório que protege contra gotículas e saliva, principalmente quando em contato com casos confirmados e contactantes.

Vacinas

O Ministério da Saúde recebeu na última semana o primeiro de lote de vacinas contra a varíola dos macacos. A remessa, com 9,8 mil unidades, desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) no dia 4. Ao todo, o Brasil comprou aproximadamente 50 mil imunizantes via fundo rotatório da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Os próximos lotes devem ser entregues até o fim de 2022. Conforme orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), inicialmente, os imunizantes serão utilizados para a realização de estudos. O objetivo é gerar “evidências sobre efetividade, imunogenicidade e segurança” da vacina contra a monkeypox e, desta forma, orientar a decisão dos gestores.

De acordo com boletim divulgado pelo Ministério da Saúde na última sexta-feira, 7, o País tem 8.340 casos confirmados de varíola dos macacos. Outros 4.586 estão em acompanhamento. São Paulo é o Estado com o maior número de casos (3.843), seguido por Rio de Janeiro (1.120) e Minas Gerais (514).