O Índice de Demanda Imobiliária (IDI) Brasil aponta fortes movimentos no mercado imobiliário nacional no 2º trimestre de 2025. São Paulo, Goiânia e Brasília lideram a alta demanda de imóveis de alto padrão, para famílias com renda mensal acima de R$ 24 mil. 

Os dados são da quarta rodada do índice, que tem uma amostragem de 77 cidades brasileiras com potencial para investimentos em imóveis residenciais verticais. O estudo é uma iniciativa do  Ecossistema Sienge, CV CRM e Grupo Prospecta, em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e pode ser acessado completo pelo site.

“Cidades emergentes como Sorocaba e Belém apresentam avanços expressivos, mostrando uma forte demanda regional e recuperação importante. Enquanto isso, grandes centros como São Paulo e Brasília mantêm posições de liderança em seus segmentos, refletindo movimentos distintos por faixa de renda”, dz Gabriela Torres, Gerente de Inteligência Estratégica do Ecossistema Sienge, a quarta edição do IDI Brasil.

O resultado do modelo é uma lista de cidades com maior atratividade, apresentadas em forma de ranking com base no cálculo do índice. A escala de atratividade vai de 0,000 a 1,000, onde as cidades que obtiverem um score próximo de 1,000 são consideradas altamente atrativas. As cidades são classificadas em cinco categorias de atratividade: Muito Alta, Alta, Média, Baixa e Muito Baixa, de acordo com seu score no ranking.

Brasília e cidades paulistas são destaques no alto padrão

No segmento alto padrão, com imóveis para famílias com renda acima de R$ 24 mil mensais, Brasília subiu para a 3ª colocação, superando Fortaleza, impulsionada pela alta na oferta de terceiros e na atratividade de novos empreendimentos.

Sorocaba foi destaque ao ganhar nove posições e ficar entre as 10 primeiras, refletindo um forte avanço na demanda por lançamentos de alto padrão. Santo André também se destacou, com uma alta de 12 posições, alcançando agora o 16º lugar. O salto no ranking foi impulsionado, principalmente, pelo aumento significativo na atratividade de novos lançamentos.

As 5 primeiras colocadas do ranking alto padrão, são:

  1.     São Paulo (SP) – 0,809
  2.     Goiânia (GO) – 0,790
  3.     Brasília (DF) – 0,767
  4.     Fortaleza (CE) – 0,719
  5.     Florianópolis (SC) – 0,681

 

Curitiba lidera entre renda mais baixa

O mercado imobiliário voltado ao público de renda familiar entre R$ 2 mil e R$ 12 mil apresentou mudanças importantes. São Paulo voltou ao pódio, junto com Curitiba e Fortaleza, impulsionada pela força da atratividade de novos lançamentos.


O Rio de Janeiro recuperou fôlego, saltando do 12º para o 9º lugar, embalado pela valorização dos novos empreendimentos. No sentido oposto, Salvador, que havia se destacado no trimestre anterior, perdeu seis posições e agora ocupa o 12º lugar, impactada pela concorrência e queda na demanda.

As 5 primeiras colocadas do ranking econômico são:

  1.     Curitiba (PR) – 0,877
  2.     São Paulo (SP) – 0,853
  3.     Fortaleza (CE) – 0,847
  4.     Goiânia (GO) – 0,743
  5.     Sorocaba (SP) – 0,724

Sorocaba também aparece na lista de médio padrão

A cidade paulista de Sorocaba também aparece no Top 5 cidades no perfil médio, com renda entre R$ 12 mil a R$ 24 mil. Ela subiu oito posições em relação ao último ranking.

Curitiba conquistou a 3ª colocação, superando o Rio de Janeiro, que caiu para a 6ª posição. Salvador ficou com um cenário semelhante, saindo da 6ª para a 12ª posição, enquanto Belém inverteu uma sequência negativa de quatro trimestres e saltou 17 posições, chegando à 18ª colocação graças ao aquecimento nos novos lançamentos.

As 5 primeiras colocadas no ranking médio padrão são:

  1.     Goiânia (GO) – 0,805
  2.     São Paulo (SP) – 0,797
  3.     Curitiba (PR) – 0,772
  4.     Brasília (DF) – 0,731
  5.     Sorocaba (SP) – 0,724

Entenda a metodologia usada

O modelo matemático avalia a atratividade de cidades brasileiras para novos projetos imobiliários, utilizando seis indicadores principais, que abrangem aspectos essenciais do mercado. Cada indicador é ponderado por especialistas para refletir sua relevância, garantindo um resultado confiável e útil para decisões estratégicas.

  • Indicador de Demanda: Mede o número de potenciais compradores, refletindo o tamanho do mercado consumidor e o potencial de consumo na cidade. (Fonte: IBGE);
  • Indicador de Dinâmica Econômica: Avalia a capacidade do município de gerar ciclos de demanda e fortalecer a economia local por meio de fatores como emprego e renda, que influenciam a capacidade de compra e a sustentabilidade do mercado. (Baseado em dados do IBGE, CAGED e Receita Federal);
  • Indicador de Ofertas de Terceiros: Avalia a concorrência e a saturação do mercado, indicando a disponibilidade de imóveis oferecidos por outros agentes e a viabilidade de novos empreendimentos. (Fonte: Portais de venda na internet);
  • Indicador de Demanda Direta CV CRM: Usa dados de leads para medir a procura ativa por imóveis específicos, apontando áreas de interesse imediato e direcionando estratégias de marketing e vendas. (Fonte: CV CRM);
  • Indicador de Atratividade para Antigos Lançamentos CV CRM: Verifica o desempenho de lançamentos com mais de 12 meses, oferecendo insights sobre a aceitação e estabilidade do mercado na cidade. (Fonte: CV CRM);
  • Indicador de Atratividade para Novos Lançamentos CV CRM: Examina o potencial de empreendimentos lançados nos últimos 12 meses, destacando tendências e novas oportunidades de negócios. (Fonte: CV CRM);