24/04/2018 - 9:26
Na manhã desta terça-feira, 24, a SAP anunciou seu resultado global no primeiro trimestre. A empresa alemã apresentou lucro operacional, sem considerar itens extraordinários, de 1,235 bilhão de euros, uma alta de 3% em relação ao ano passado (1,198). A receita ficou em 5,261 bilhões de euros, resultado praticamente estável em relação ao mesmo período do ano passado (5,285 bilhões de euros).
Segundo Cristina Palmaka, presidente da SAP Brasil, os números apontam para uma acertada aposta da companhia na nuvem. Um dos exemplos dessa aposta foi a aquisição, por US$ 2,4 bilhões, da Callidus Software, em janeiro deste ano.
No Brasil, a tendência, é a mesma, diz a executiva. Apesar de as empresas nacionais terem demorado a adotar os sistemas em nuvem, finalmente os negócios estão acontecendo. “Existia um estigma de segurança. As empresas voltaram a a olhar para o pilar da inovação como um diferencial. A tecnologia não é uma linha de custo, mas uma linha de investimento”, conta.
A SAP não publica seu balanço com números regionalizados. Portanto, não há referência sobre como está o negócio da empresa no Brasil. Porém, Palmaka garante: o crescimento percentual está acima de 2 dígitos. Ou seja, mais do que 10% em termos anualizados.
“Temos o privilégio de falar com os mais diversos segmentos. E no começo do ano, era bem positiva a expectativa dos empresários”, diz ela.
Palmaka acredita que, apesar de o País não crescer a taxas vigorosas, o segmento de computação em nuvem está caminhando sozinho. “Estou há 5 anos na SAP. Nos anos anteriores, também não conseguimos ver grandes resultados macroeconômicos. Talvez não haja tanto otimismo agora, mas empresas estão dando outro ar para seguir com a sua jornada de inovação”, afirma.
Nuvem pública x nuvem privada
Até o começo do ano, a SAP oferecia seus serviços apenas para clientes que possuíssem seus próprios data centers ou que alugassem espaço em empresas com serviços customizados, como Uol Diveo e Tivit.
Em março, a SAP passou a oferecer seus sistemas de gestão para clientes de nuvens públicas, providas por gigantes como Amazon Web Services, Microsoft e Google.
A novidade, já conquistou um grande cliente. “É um sistema com menos funcionalidades, com processos padronizados. Lançamos em março, e a Resource IT Solutions comprou o serviço para sua própria utilização. Será o primeiro a conduzir a utilização”, explica.
Outro cliente que ela não pode revelar é uma grande varejista, que está montando uma estratégia de multicanalidade para concentrar as vendas de e-commerce próprio, as de parceiros por meio de marketplace e as das lojas físicas.
“Nesse trimestre abrimos um caminho promissor com foco nas empresas que possuem negócios com outras empresas e também com clientes. Estamos com uma toada interessante”, diz Palmaka.