Leitor digital Lev, da Saraiva

Leitor digital Lev, da Saraiva: empresa aposta na rede de 114 lojas e no site para divulgar e vender o aparelho

A Saraiva apresentou, nesta terça-feira 5, seu leitor digital de livros, batizado de Lev. O lançamento, antecipado pela Dinheiro, é mais uma iniciativa do grupo, que conta com uma editora e uma rede de livrarias, para reforçar a venda de ebooks. “O Lev vai reforçar o posicionamento do grupo de produzir e distribuir conteúdo em todos os formatos, acessíveis a qualquer hora”, afirmou o presidente da Saraiva, Michel Levy, durante a apresentação.

O aparelho foi desenvolvido ao longo do último ano, em uma parceria com o fabricante francês de leitores digitais Bookeen, e o Centro de Estudos Avanços do Recife (Cesar), responsável pela seleção da plataforma e pela integração do dispositivo com os outros sistemas digitais da companhia, como o Saraiva Digital Reader, que já registrou mais de 4 milhões de downloads de ebooks desde que foi lançado, em 2010.

O Lev será oferecido em duas versões. A mais simples será vendido por R$ 299. A outra vem com luz de fundo, para quem deseja ler à noite, por exemplo, antes de dormir, e custará R$ 479, com preço promocional de R$ 399 até o final de agosto. “O leitor digital completa nosso ecossistema para os ebooks”, afirmou Deric Guilhen, diretor de produtos digitais da companhia, durante a apresentação, após enumerar as iniciativas anteriores: a loja online, o aplicativo Saraiva Reader e a ampliação do catálogo digitalizado.

“Nossa pesquisa revelou que 70% dos entrevistados nunca tiveram contato com um e-reader e a maioria gostaria de conhecê-lo”, disse Guilhen. Para atrair leitores, a Saraiva aposta na oferta de conteúdo: o Lev chega à lojas com um catálogo de mais 30 mil títulos em português e 450 mil obras em outras línguas. O aparelho já vem com dez obras carregadas gratuitamente. Quando é ativado, ganha acesso a mais quatro da lista de mais lidas da empresa.

Outra novidade esperada para hoje, porém, não foi anunciada. Trata-se de um eventual modelo de assinatura online, que os especialistas comparam com um “Netflix” de livros. Questionado pelos jornalistas, na coletiva de imprensa, Guilhen afirmou apenas que a empresa “está sempre de olho em novos negócios”. Sem o sistema de assinaturas, o modelo será o de venda de downloads para o e-reader. O preço médio de uma obra digitalizada é de R$ 18.

Um mercado potencial para o aparelho, porém, é o das universidades e cursos técnicos, segundo Levy. “Estamos atentos e conversando com várias universidades”, afirmou o presidente da companhia. “É uma questão de tempo para o mercado convergir para o formato digital”, disse, referendo-se à digitalização de obras técnicas para cursos de nível superior.