A Saraiva, maior varejista de livros do País, prepara para reforçar sua posição nos e-books com duas novidades: um leitor de livro digital e um sistema de assinaturas de livros, apurou DINHEIRO. O anúncio será feita amanhã (5/8), em evento em São Paulo, por Michel Levy, presidente da empresa.

O leitor de livro digital (e-reader) é fruto de uma parceria com a francesa Bookeen. A rede de livrarias brasileira conseguiu a homologação de dois modelos na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em maio deste ano. Um dos modelos que será mostrado amanhã terá luz de leitura própria.

O e-reader no Brasil deverá ser chamado de Booken Lev – ao menos, esse é o nome usado por advogados da Saraiva que pedem mandados de segurança para que o produto tenha isenção de ICMS similar a de livros.

Para reduzir os preços, a Saraiva entrou com um mandado de segurança na Justiça de Goiás no mês passado para que o produto seja considerado isento de ICMS, como acontece com os livros em papel.

Fundada em 2003, a Bookeen, sediada em Paris, trabalha com a linha batizada de Cybook. A Booken tem como estratégia firmar parcerias no esquema “white label”, no qual fabrica o equipamento com a marca de um mercado. Isso aconteceu, por exemplo, com a rede de supermercados Carrefour, na França.

Assinatura

DINHEIRO apurou também que Daniel Louzada, gerente de produtos da Saraiva, tenta costurar um acordo de serviço de assinaturas para e-books. Consagrado pelo Netflix, nesse modelo o usuário paga uma taxa mensal para que o consumidor tenha acesso a todo o conteúdo.

A Amazon lançou neste ano um serviço similar, batizado de Kindle Unlimited, por US$ 9,99 ao mês. A startup nova-iorquina Oyster, fundada em 2013, é a pioneira neste modelo de assinaturas.

De acordo com fontes ouvidas por DINHEIRO, ao menos uma grande editora brasileira já topou oferecer seus ebooks no modelo de assinatura proposta pela Sairava.