Para lidar com a transmissão da varíola dos macacos, o Ministério da Saúde declarou estar em nível máximo de alerta, segundo o Plano de Contingência Nacional para Monkeypox, publicado neste final de semana. 

A classificação foi feita por meio do Centro de Operações de Emergência (COE Monkeypox), criado recentemente para monitorar o avanço da varíola dos macacos no Brasil e apresenta três níveis, sendo o terceiro vigente no momento.

Varíola dos macacos chega a 67 municípios de São Paulo dois meses após 1º caso

Com 2.293 casos confirmados da doença no Brasil, transmissão comunitária e sem medidas de imunização e tratamento, o país encontra-se em estado de “excepcional gravidade, podendo culminar na Declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN)”.

O documento aponta ainda “ameaça de relevância nacional com impacto sobre diferentes esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), exigindo uma ampla resposta governamental”. Sendo assim, o governo pede a todos os órgãos atenção máxima em relação à doença.

Ainda de acordo com o Plano de Contingência Nacional, o SUS vem se esforçando em busca de insumos de imunização e tratamento, mas destaca que não há disponibilidade no mercado internacional de vacinas ou medicamentos para tratamento para a aquisição pelo Brasil no momento.

Características da varíola dos macacos

Trata-se de uma doença zoonótica viral, cuja transmissão para humanos pode ocorrer por meio de contato com animal silvestre ou humano infectado. Apesar do nome, os macacos podem ser acometidos pela doença, mas não a transmitem. Ainda que não haja comprovação, a provável transmissão deve vir de pequenos roedores. 

A transmissão entre humanos acontece, principalmente, por meio de contato pessoal com lesões na pele ou fluidos corporais de uma pessoa infectada ou objetos contaminados por pessoas já infectadas. 

A doença geralmente evolui de forma benigna, e os sintomas e sinais podem durar de 2 a 4 semanas. Além das lesões na pele, há também quem apresente febre, dores de cabeça, dores musculares, nas costas, calafrios e exaustão.

Segundo o documento do Ministério da Saúde, o tratamento dos casos de varíola dos macacos têm sido feito a partir de uso de medicamentos para dor, cuidados com a higiene nas áreas afetadas e manutenção do balanço hidroeletrolítico.