21/01/2022 - 19:56
BRASÍLIA (Reuters) – O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, confirmou na noite desta sexta-feira a incorporação da CoronaVac no plano nacional de vacinação contra a Covid-19 para o público de 6 a 17 anos, e disse que o imunizante já pode ser aplicado país afora.
Em entrevista coletiva, Cruz disse que a pasta tem 6 milhões de doses disponíveis da vacina, e que Estados e municípios também já possuem em suas redes de frios doses do imunizante desenvolvido pela chinesa Sinovac.
Segundo o secretário, em uma contabilidade preliminar, foi identificado que Estados possuem 3 milhões de doses do imunizante que podem ser aplicadas para esse público. A conta das vacinas em poder dos municípios ainda não é sabida, conforme Cruz.
Envasada pelo Instituto Butantan, a CoronaVac recebeu autorização para uso emergencial em adultos em janeiro do ano passado e foi a primeira vacina a ser utilizada no Brasil. Posteriormente, no entanto, ela foi suplantada por outros imunizantes e não está mais sendo aplicada em adultos.
Na quinta-feira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a imunização em caráter emergencial de crianças e adolescentes sem comorbidades entre 6 a 17 anos com a vacina.
A diretoria da agência entendeu que o uso da CoronaVac trará benefícios, reduzindo a ocorrência de casos graves, internações e mortes para esse público.
A agência concordou parcialmente com o pedido que tinha sido apresentado pelo Butantan, que é vinculado ao governo paulista. O pedido original era para que fossem aplicadas em crianças e adolescentes entre 3 a 17 anos independentemente de terem qualquer tipo de comprometimento da imunidade. A aplicação será em duas doses, com intervalo de 28 dias.
O país tem também a vacina da Pfizer para uso pediátrico, embora seu uso seja para crianças de 5 a 11 anos. Além disso, a disponibilidade da vacina pediátria da Pfizer ainda é limitada.
(Reportagem de Ricardo Brito)