16/10/2025 - 8:15
Na Suécia, um bairro planejado para ter saldo zero entre emissão e captação de gases de efeito estufa. No Vietnã, uma escola de formação técnica em energias renováveis. No Norte do Brasil, uma plataforma que conecta comunidades, investidores e empresas e, assim, apoia a manutenção da floresta em pé. Completamente diferentes em termos de alcance e geografia, as três iniciativas têm em comum o fato de responderem a questões da agenda do clima e de terem sido, junto a outros 45 projetos, selecionadas pela Sustainable Business COP (SB COP) como exemplos do que o setor privado tem feito globalmente.
A SB COP, uma coalizão lançada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e presente em 60 países, apresenta nesta quarta-feira, 15, em Brasília, os 48 casos selecionados no evento Pré-COP30: O Papel do Setor Privado na Agenda de Clima.
Esses 48 projetos vêm de 14 países. Além de Suécia, Brasil e Vietnã, há ações da Zâmbia, Paquistão, Colômbia e Índia. Dos 48, 38 têm aplicação em uma localidade específica, enquanto os outros 10 reúnem iniciativas com impacto em mais de um Estado brasileiro ou em diferentes países.
Do total, 19 são brasileiros. “Nossa ambição é que os cases sejam uma vitrine de soluções que inspirem novas políticas públicas e parcerias de impacto global”, afirma o presidente da CNI, Ricardo Alban.
Para abrir essa vitrine de projetos, a SB COP fez uma chamada pública e recebeu mais de 670 propostas do setor privado de todo o mundo. O processo de avaliação foi conduzido pelos oito grupos de trabalho (GTs) da coalizão seguindo as temáticas de cada um: transição energética; economia circular e materiais; bioeconomia; sistemas alimentares; soluções baseadas na natureza; cidades sustentáveis; finanças e investimentos para a transição, e empregos e competências para uma economia verde.
Além da chamada pública, a coalizão empresarial apresentou, em setembro, ao presidente da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), embaixador André Corrêa do Lago, um conjunto de 23 prioridades para acelerar a descarbonização da economia e fortalecer o papel do setor privado nas negociações climáticas globais.
“O grande diferencial da SB COP é a escala. Nunca houve uma mobilização tão ampla do setor privado em torno da agenda climática”, diz o presidente da SB COP, Ricardo Mussa. A SB COP reúne quase 40 milhões de empresas em 60 países.