Por Julie Steenhuysen

CHICAGO (Reuters) – Pessoas com alto risco de doença grave que ainda não tomaram uma segunda dose de reforço contra Covid-19 não devem esperar pelas vacinas de próxima geração direcionadas à variante Ômicron e previstas para o fim do ano, disseram cinco especialistas em vacinas à Reuters.

Em muitos países, incluindo Estados Unidos, a subvariante BA.5 da Ômicron está aumentando, mas as vacinas atuais continuam a oferecer proteção contra hospitalização por doença grave e morte.

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E, à medida que o vírus evolui, não se sabe qual versão estará em ampla circulação no final do ano ou se novas vacinas –que devem ter como alvo BA.4/5 nos EUA e BA.1 na Europa– serão uma boa combinação.

“Se você precisa de um reforço, tome-o agora”, disse John Moore, professor de microbiologia e imunologia da Weill Cornell Medical College, que coescreveu um editorial sobre o assunto atualmente em análise.

Nos EUA, os reguladores pediram à Pfizer e sua parceira BioNTech e à Moderna para desenvolverem reforços de vacina que visam as subvariantes BA.4 e BA.5 da Ômicron, bem como o vírus original. A previsão é que fiquem prontos em outubro.

Os reguladores na Europa, por sua vez, sinalizaram que estariam dispostos a usar qualquer reforço baseado na Ômicron disponível para a Europa o mais rápido possível, que pode ser o direcionado à BA.1 que impulsionou o aumento recorde de infecções no inverno passado.

“O público não deve considerar esses reforços baseados na Ômicron como uma espécie de bala mágica que mudará a face da pandemia e resolverá todos os seus problemas. Terá um impacto marginal em comparação com o reforço que temos atualmente”, disse Moore.

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