O mercado imobiliário na cidade de São Paulo teve recorde de lançamentos e vendas em 2024, mas deve enfrentar um desaquecimento dos negócios em 2025 em virtude da elevação dos juros dos financiamentos, de acordo com dados do Sindicato da Habitação (Secovi-SP).

As vendas totalizaram 103,3 mil unidades em 2024, 36% acima das 76,1 mil unidades comercializadas em 2023. O mercado foi puxado pelo Minha Casa Minha Vida (MCMV), segmento em que as vendas atingiram 57,5 mil unidades, avanço de 60% na comparação anual. Já o segmento de médio e alto padrão registrou vendas de 45,8 mil unidades, alta de 14%.

Por sua vez, os lançamentos totalizaram 104,4 mil unidades em 2024, alta de 43% em relação a 2023. Os lançamentos dentro do MCMV foram de 65,9 mil unidades, alta de 63%, enquanto no médio e alto padrão somaram 38,6 mil unidades, avanço de 6%.

Os distratos representaram cerca de 5% das vendas ao longo do ano.

No fim do ano, o estoque de unidades à venda era de 60,7 mil unidades, redução de 6% em um ano. Desse total, 51% estavam ainda na planta, 48% em obras e apenas 1% eram imóveis prontos.

Para 2025, o Secovi-SP projeta que os lançamentos e vendas aumentem até 5% no segmento do MCMV, com os negócios sustentados por juros subsidiados via FGTS.

Já para o médio e alto padrão, a expectativa é que os lançamentos e vendas oscilem entre redução de 5% e alta de 5%, uma vez este setor depende de financiamentos a taxas de mercado e juros mais altos.