21/12/2018 - 8:17
A possibilidade de atrasos como os que ocorreram nesta quinta-feira, 20, no Aeroporto de Confins, por causa do pouso de emergência da aeronave que seguia de São Paulo para Londres, só deverá ser extinta quando o projeto para construção da segunda pista da planta estiver concluído.
De acordo com o contrato de concessão, fechado em 2014, a BH Airport, que administra o terminal, tem até 31 de dezembro de 2020 para concluir a obra. O documento prevê que caso o número de pousos e decolagens chegue a 198 mil por ano, a construção da segunda pista deve ser iniciada. Hoje, porém, Confins tem cerca de 99 mil pousos e decolagens por ano. Inaugurado em 1984, o aeroporto, que fica a cerca de 40 quilômetros de Belo Horizonte, no município de mesmo nome.
Naquele ano teve início processo de transferência de voos do Aeroporto da Pampulha, na região norte de Belo Horizonte, para Confins. Hoje, o terminal da capital opera basicamente voos com origem e destino dentro do Estado.
Com 29 anos de profissão e oito mil horas de voo, o comandante Sérgio Luís Mourão, de 46 anos, afirma que Confins é um dos aeroportos mais seguros do País, mas que a construção da segunda pista é fundamental. “Em momentos assim é que a gente vê a necessidade desta obra”, afirma.
O piloto, que atua na aviação executiva, afirma ainda que, com duas pistas, passa a ser possível, por exemplo, aproximações simultâneas. Confins possui configuração para a implantação da segunda pista, como a necessidade de distância de 750 metros entre uma e outra.
Em nota, a BH Airport afirma que “o contrato de concessão determina que o projeto de implantação da segunda pista de pousos e decolagens tem que ser apresentado quando o Aeroporto atingir um total de 144 mil movimentos (pousos e decolagens) por ano e que a conclusão do empreendimento deve ocorrer com o patamar de 198 mil movimentos (pousos e decolagens) por ano. Atualmente, o Aeroporto registra em torno de 99 mil movimentos/ano”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.