19/12/2024 - 12:19
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta quinta-feira, 19, que o segundo leilão de câmbio realizado pela autoridade monetária nesta sessão ocorreu devido à demanda bem maior do que a esperada pela autarquia no primeiro leilão do dia realizado pelo BC.
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Em entrevista coletiva em Brasília, Campos Neto afirmou ainda que o BC não pretende defender um patamar para o dólar ante o real.
Mais cedo, o Banco Central vendeu 3 bilhões de dólares à vista em leilão anunciado na véspera e, uma hora depois, fez novo certame vendendo 5 bilhões de dólares à vista no mercado.
As atuações da autarquia no câmbio visam lidar com disfuncionalidades do mercado, disse ele, e não fazer frente a pioras em prêmios de risco, gerir dívida ou fazer política monetária.
Ele frisou que o BC não busca “mudar o rumo” do câmbio ou defender um patamar para o dólar ante o real com suas intervenções, mas “organizar o processo”, evitando disfunção nas negociações.
Segundo Campos Neto, a intervenção no câmbio não pode ser pequena demais para que sigam disfunções e nem grande demais para que pessoas sintam que houve perda de capacidade de hedge.
Despedida
O presidente Roberto Campos Neto participou nesta manhã de entrevista coletiva à imprensa para comentário sobre o relatório de inflação divulgado nesta manhã pelo BC e que também foi uma coletiva “despedida”, já que a partir de janeiro ele passa o comando do banco para Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária da instituição e indicado pelo presidente Lula para comandá-la.
Campos Neto relatou que atuou de forma a dar peso maior para a opinião de seu sucessor na presidência da autarquia durante o período de transição, e que o peso da próxima diretoria foi maior na última reunião do Copom.
Ele disse ainda que sexta-feira será seu último dia na presidência do BC, uma vez que entrará em férias e Galípolo assumirá interinamente até a posse como presidente de fato no início do próximo ano.
