26/12/2022 - 15:28
Faltando menos de uma semana para a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a segurança é uma das maiores preocupações do governo, já que Brasília esteve sob ameaça de material explosivo neste fim de semana. O esquema de segurança no local do evento deve ser reavaliado e reforçado, conforme anunciou o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino.
Outros políticos também já tiveram a segurança colocada em risco; alguns não sobreviveram. Relembre 7 chefes que sofreram atentados:
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Ronald Reagan (EUA, 1981 a 1989)
Atentado: Em 30 de março de 1981, logo após assumir a Presidência dos Estados Unidos, Ronald Reagan sofreu um atentado em Washington após um compromisso político. Ele e outros três foram baleados por John Hinckley. O presidente, com 70 anos na época, sofreu uma perfuração no pulmão, mas sobreviveu. Um dos outros acompanhantes que também foi atingido foi James Brady, então Secretário de Imprensa da Casa Branca. Jim foi baleado na cabeça e ficou com sequelas permanentes.
Hinckley esteve preso por 41 anos e, em junho deste ano, foi libertado. Ao ser preso, a polícia informou que a motivação do crime foi uma obsessão pela atriz americana Jodie Foster: o atentado foi feito para impressionar a artista.
Anwar Sadat (Egito, 1970 a 1981)
Assassinato: O militar Muhammad Anwar Al Sadat, presidente do Egito por 11 anos, foi assassinado por jihadistas muçulmanos em outubro de 1981. O crime aconteceu durante uma parada militar no Cairo, onde celebravam os 8 anos da vitória egípcia na batalha da Linha Barlev, na Guerra de Yom Kipur. O atentado teve, além de tiros de metralhadoras, granadas e outras armas de alto calibre. Cinco disparos atingiram Sadat, que morreu ao chegar no hospital das Forças Armadas.
Yitzhak Rabin (Israel, 1974 a 1977 / 1992 a 1995)
Assassinato: Outro político assassinado foi o israelita Yitzhak Rabin, primeiro-ministro de Israel por duas gestões. O ex-general foi atingido com dois tiros nas costas durante um comício pela paz na Praça dos Reis, em Tel Aviv. O autor dos disparos foi o estudante judeu ortodoxo Yigal Amir, militante de extrema-direita que nao concordava com as negociações entre o país e a comunidade palestina. O jovem foi condenado à prisão perpétua.
Nicolás Maduro (Venezuela, 2013 até o momento)
Atentado: Em agosto de 2018, Nicolás Maduro sofreu um atentado por drones em Caracas. Os aparelhos detonaram explosivos enquanto o presidente se dirigia a Guarda Nacional. Ele não foi atingido, mas o ocorrido teve repercussão internacional, e Maduro acreditava ser um ataque de autoria dos EUA junto a Colômbia.
Três pessoas foram condenadas, em 2022, a 30 anos de prisão pelo atentado: María Delgado Tabosky, o major aposentado Juan Carlos Marrufo e o coronel aposentado Juan Francisco Rodríguez.
Jair Bolsonaro (Brasil, 2019 a 2022)
Atentado: O ex-capitão Jair Messias Bolsonaro sofreu um atentado em setembro de 2018, durante a campanha eleitoral. O então candidato levou uma facada na região do tórax durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG), onde era carregado por apoiadores. O autor do crime foi identificado como Adélio Bispo, e segue cumprindo pena na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande.
A facada rendeu a Bolsonaro pelo menos 5 cirurgias nos últimos 4 anos para corrigir problemas no sistema digestivo; além disso, ele faz exames periódicos e costuma relatar fortes dores abdominais. Segundo investigação da polícia, a motivação de Adélio foi pessoal e política.
Jovenel Moïse (Haiti, 2017 a 2021)
Assassinato: O presidente do Haiti, Jovenel Moïse, foi assassinado dentro de casa na madrugada de 7 de julho de 2021, aos 53 anos de idade. Quatro homens armados invadiram a residência do mandatário em Porto Príncipe e atiraram contra ele e a esposa, Martine. Jovenel levou 12 tiros, sendo um deles na cabeça. Apesar dos sinais de tortura, a esposa sobreviveu.
Alguns dias depois, três suspeitos foram baleados pela polícia haitiana. Em janeiro deste ano, um ex-militar colombiano foi apontado como suspeito do crime e foi preso.
Cristina Kirchner (Argentina, 2019 até o presente)
Atentado: Em setembro deste ano, a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, sofreu um atentado em frente a sua casa. Um homem apontou um revólver calibre 38 para a cabeça da política no bairro da Recoleta, em Buenos Aires. Ele chegou a disparar o revólver, mas a arma falhou na hora do tiro.
O autor do atentado foi o brasileiro Fernando Andrés Sabag Montiel, que teria planejado a agressão com a namorada. A motivação do crime não ficou clara, mas suspeitas das autoridades mostram que ambos são adeptos do nazismo por conta de tatuagens que fazem referência a ideologia de Hitler.