Homens armados abriram fogo neste sábado contra um posto de controle militar no Cairo e mataram seis soldados egípcios, anunciaram o exército e o ministério da Saúde. O ataque aconteceu dois dias depois de outra ação contra um ônibus militar que deixou um soldado morto e três feridos. Os criminosos abriram fogo neste sábado contra os militares ao fim da oração muçulmana da manhã e depois colocaram duas bombas no local, que tinham como alvos os serviços de emergência. “Os soldados tiveram poucas possibilidades de defesa. Estavam rezando”, disse o porta-voz do exército, o coronel Ahmed Ali. O ministério da Saúde anunciou o balanço de cinco soldados mortos. As forças de segurança são alvos frequentes de ataques de grupos armados desde que o exército derrubou e prendeu, em julho de 2013, o presidente islamita Mohamed Mursi e reprimiu de maneira violenta seus partidários. Muitos ataques acontecem na província do Sinai, mas recentemente passaram a atingir a região do Delta do Nilo e a capital. Muitos ataques foram reivindicados pelo grupo jihadista Ansar Beit al-Maqdis, que afirma ser inspirado pela Al-Qaeda. Mas o novo governo dirigido de fato pelo exército atribui os ataques à Irmandade Muçulmana, a organização de Mursi que venceu todas as eleições desde a queda de Hosni Mubarak no início de 2011. Após a destituição de Mursi, o único presidente eleito democraticamente no Egito, policiais e soldados mataram quase 1.400 manifestantes pró-Mursi e prenderam milhares de islamitas. se/fp