A reunião do Copom (Conselho de Política Monetária) terminou na quarta-feira, 2, com a decisão de baixar a Taxa Básica de Juros em 0,5 pontos percentuais. 

O Banco Central baixou a Selic depois de mais de dois anos, cedendo à pressão do governo federal e de praticamente todo o setor produtivo brasileiro. A expectativa com a queda dos juros é que os financiamentos e empréstimos fiquem mais baratos.

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Sobre o impacto da medida nos financiamentos imobiliários, a economista da DataZap+, Larissa Gonçalves aponta que mais importante do que a queda para 13,25% ao ano é a sinalização de longo prazo que o Copom deu para o setor. 

“A redução da Selic é uma sinalização importante para o mercado imobiliário, uma vez que a taxa básica de juros impacta no custo de operações de empréstimos, inclusive nos financiamentos imobiliários. Mais do que essa primeira queda, é a sinalização de novas reduções pelo próprio Copom que tem potencial de trazer impactos positivos para o setor, permitindo que mais famílias brasileiras tenham condições financeiras de adquirir um imóvel. A projeção do Boletim Focus, ainda anterior à última decisão do conselho, é chegar a 12% até final deste ano”, explicou. 

Larissa usa dados anteriores para ponderar que a queda da Selic pode, rapidamente, se transformar em impacto ao consumidor. “Quando o Copom decidiu reduzir a meta da taxa Selic de 6,5% ao ano, patamar que vigorava desde março de 2018, para 6% ao ano, vimos que, no mesmo mês, as taxas de juros livres de financiamento imobiliário caíram e em 2 meses as taxas de juros reguladas apresentaram queda”, ponderou.