24/11/2017 - 18:45
Tempos atrás, um famoso jogador de futebol de um dos maiores times brasileiros contratou um arquiteto para decorar a casa e recebeu a conta de uma mesa de jantar: R$ 45 mil. Pagou sem titubear. Logo depois, descobriu que o mesmo móvel custava R$ 7 mil. Para evitar esse tipo de problema, em 2011, os jogadores Paulo André, William Machado e o empresário Henning Sandtfoss criaram a Redoma Capital, uma companhia focada em prestar consultoria financeira, tributária e jurídica para boleiros. “Tem muita gente que tenta enganar ou se aproveitar dos jogadores, pois eles ganham salários muito altos. O nosso trabalho é protegê-los”, diz Henning Sandtfoss, CEO e hoje o único a permanecer na companhia. A busca pelos serviços da companhia, uma espécie de family office com oito funcionários, tem crescido uma média 30% nos últimos três anos.
Eles não querem ser Messi
Depois que Lionel Messi, Neymar e Cristiano Ronaldo foram investigados por fraudes fiscais, a empresa passou a ser mais procurada por jogadores brasileiros que atuam no exterior. Do plantel de 30 atletas atendidos pelo escritório, metade atua em clubes como Paris Saint Germain, Inter de Milão, Liverpool e Valência, como o zagueiro Gabriel Paulista. Os outros clientes são tratados com sigilo. No que investem? “Poucos têm exposição a risco. Indicamos renda fixa e produtos estruturados”, diz Sandtfoss, que tem parcerias com a GPS Investimentos e com a carioca Órama. “Mas o que os jogadores adoram mesmo são imóveis. Muitos compram terrenos e, em parceria com construtoras, criamos loteamentos.”