01/08/2019 - 18:12
O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira (1) um plano fiscal bipartidário que aumenta os gastos federais em 320 bilhões de dólares e suspende o teto da dívida por dois anos, após a próxima eleição presidencial.
O acordo de orçamento foi aprovado por uma votação por 67 a 28 no Senado controlado pelos republicanos, uma semana depois de também ter sido aprovado na Câmara de Representantes, de maioria democrata.
O plano prevê gastro discricional de mais de 1,3 trilhão de dólares no ano fiscal de 2020, uma alta significativa aos limites orçamentários para Defesa e gastos nacionais.
Ao suspender o teto da dívida até 31 de julho de 2021, o acordo permite ao governo federal pedir mais dinheiro emprestado e evitar um default nos próximos meses.
Vários senadores republicanos votaram contra a medida, inclusive Ted Cruz, do Texas; Rick Scott, da Flórida; e Mitt Romney, de Utah.
“Este acordo de orçamento já é outra oportunidade perdida para frear o gasto governamental excessivo”, disse Cruz em um comunicado.
“Infelizmente, este projeto de lei faz com que se perpetuem os grandes programas de governo dos democratas, aumenta nossos déficits e nos endivida ainda mais”, destacou.
O secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, alertou recentemente que sem um acordo, o governo poderá ficar sem recursos no começo de setembro.
A iniciativa agora será enviada para sanção do presidente Donald Trump.
Trump saudou o acordo, dizendo que era “fenomenal para nosso grande Exército, nossos veterinários e trabalhos, trabalhos, trabalhos!”
“Um acordo de dois anos nos leva além das eleições”, disse. “Vamos, republicanos, sempre há tempo de sobra para cortar!”
Embora Trump tenha elogiado o acordo como um “compromisso real” que impulsiona o financiamento militar, é um retrocesso significativo para o objetivo declarado da Casa Branca de conter os gastos.
O acordo inclui cerca de 75 bilhões de dólares em aumento de gastos para compensação, substancialmente menos que os que o governo Trump solicitou.
Espera-se que o plano pressione o déficit do orçamento anual em mais de um trilhão de dólares no ano que vem.