01/10/2022 - 13:15
Dezenas de atos pró-independência lembraram neste sábado (1º) na Catalunha o referendo de secessão ilegal de 1º de outubro de 2017, um dos pontos altos do movimento de separação da Espanha naquele ano.
O ato principal foi em Barcelona, no Arco do Triunfo, onde vários milhares de pessoas se reuniram para um comício em que abundavam as bandeiras e slogans do movimento de independência.
Alguns protagonistas da tentativa fracassada de secessão discursaram, como o então presidente catalão Carles Puigdemont, hoje refugiado da Justiça espanhola na Bélgica.
“Hoje não estamos fazendo nenhum ato de nostalgia. Que toda esperança seja abandonada por aqueles que de Madri ou de sua casa nos pedem para deixá-lo”, alertou Puigdemont, qualificando esse referendo como “um momento de fundação” para a independência.
Por sua vez, o atual presidente regional, o nacionalista Pere Aragonès, fez um discurso televisionado no qual afirmou que 1º de outubro de 2017 foi “um dia histórico que faz parte da memória coletiva”.
O referendo organizado pelos separatistas naquele dia desafiou a proibição da Justiça espanhola, em um dia tenso marcado por inúmeras acusações policiais para impedi-lo.
Os resultados, não verificados de forma independente, levaram a uma breve declaração unilateral de independência três semanas depois.
O governo central então demitiu seus líderes, que acabaram presos ou fugindo.