Os separatistas conseguiram conquistar 70 dos 135 assentos no Parlamento catalão. Os votos são dos três partidos independentistas: o Juntsxcat (Juntos pela Catalunha), a ERC (Esquerda Republicana) e o partido de extrema-esquerda CUP (Candidatura de Unidade Popular).

O partido mais votado foi o Ciudadanos, que é contra a independência e, sozinho, conquistou 37 assentos no Parlamento. No entanto, Inés Arrimada, a jovem líder do Ciudadanos, como não conquistou maioria, não poderá ser indicada à presidência da Catalunha.

Agora, com maioria separatista, a crise na Catalunha deve continuar, mas ainda não se sabe exatamente o que irá ocorrer.

O partido Juntos pela Catalunha, que foi o segundo mais votado e conquistou 34 assentos, deverá indicar o nome de Carles Puigdemont, que está exilado na Bélgica, para reassumir a presidência. No entanto, ele pode ser preso assim que pisar no país.

Após a divulgação do resultado das eleições, Puigdemont afirmou que a “República catalã derrotou a monarquia do Artigo 155”, fazendo referência à intervenção do Governo Central espanhol na região. Depois da tentativa de independência, Mariano Rajoy acionou o artigo, que suspendeu temporariamente a autonomia da região, destituiu Carles Puigdemont e cerca de 20 políticos envolvidos no processo de independência e convocou novas eleições.

Oriol Junqueras, líder do partido Esquerda Republicana, o segundo com maior peso entre os independentistas e que conquistou 32 assentos no Parlamento, também pode ser indicado ao cargo. No entanto, Junqueras está preso cautelarmente e, caso seja condenado, não poderá assumir.

A expectativa agora é pelo pronunciamento do primeiro-ministro, Mariano Rajoy, que está previsto para as 14h (horário local). O PP (Partido Popular) de Rajoy conquistou apenas três assentos no Parlamento catalão e ficou praticamente sem representatividade.