14/08/2023 - 17:36
A Serasa Experience apresentou, nesta segunda-feira, 14, os resultados de uma pesquisa inédita sobre como as gerações lidam com finanças pessoais. Um dos resultados apontados foi que pouco mais de um terço dos consumidores se preocupam em registrar todos os seus gastos de maneira regular. A pesquisa foi realizada com 4.486 pessoas de diversas gerações.
A parcela da população que mais registra os gastos é a nascida entre 1946 e 1964, com 43%. Depois vem a geração x, com 38%, a geração y, os Millenials, aparecem com 37% e, por último, a geração z, mais nova, com 36%.
O fato da maioria dos brasileiros preferirem registrar seus gastos de maneira offline também prejudica a prática. O caderno é o método mais usado por brasileiros de todas as gerações. Logo depois vem as planilhas de excel. Para Patrícia Camilo, porta-voz da Serasa, o registro dos gastos deve ser um hábito que os brasileiros precisam ter em sua vida.
“Educação financeira não é só saber matemática financeira, é uma questão de hábito. Se você ainda está no caderno você acaba esquecendo, precisa ter muita disciplina pra voltar e lembrar de anotar os gastos do dia. Eu vou precisar ter um esforço a mais para registrar esses dados. É muito mais uma questão comportamental do que ter acesso ao conteúdo mesmo”, explicou.
Os principais obstáculos para que os consumidores não digitalizem esse controle são: falta de segurança, desconhecimento de soluções e não se sentir à vontade em colocar esse tipo de informação em um aplicativo.
Apesar de sequer ter completado 3 anos de implementação, o Pix é o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros de todas as gerações. Entre os mais velhos, a preferência é de 75%, assim como na geração x. Entre a população mais nova, o índice sobe: 78% na geração y e 84% na geração z.
Geração mais nova é imediatista com o dinheiro
A pesquisa também apontou que a geração mais nova tem mais familiaridade com a tecnologia e é mais imediatista com o dinheiro. Nas principais buscas que a geração z na área de finanças pessoais estão assuntos ligados a investimentos e renda extra. O interesse pelo cenário econômico do país está na parte debaixo da lista. Para Júlia Vilela, da Opinion Box, responsável pela captura dos dados, a nova geração tem uma relação diferente com os próprios investimentos.
“Hoje em dia muitas vezes o investimento é a fonte de renda primária para essas pessoas. Há uma inversão do que era antigamente, quando o salário era baseado na CLT e o investimento vinha a partir disso. A renda extra para esse consumidor é o sobressalente da renda principal, que já vem de investimentos”, explicou.