O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, deve ser solto nesta segunda-feira (19), após o Supremo Tribunal Federal (STF) revogar seu o mandato de prisão na noite de sexta-feira (16).

Cabral cumpria prisão preventiva desde 2016, por um processo da Operação Lava Jato que tramita em Curitiba. De acordo com a Segunda Turma da Suprema Corte, a prisão preventiva já se estendia há muito tempo sem que ocorresse uma decisão definitiva.

+ Gilmar Mendes concede liminar que retira Bolsa Família de R$600 do teto de gastos

Assim que sair do Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar, em Niterói (RJ), Sérgio Cabral se dirigirá a um imóvel familiar no bairro de Copacabana, onde ficará em prisão domiciliar onde aguardará a decisão dos processos em que foi denunciado.

425 anos de prisão

Antes do STF anular ou modificar sentenças anteriores, Cabral teve 23 condenações em processos da Operação Lava Jato que somaram mais de 425 anos de prisão.

Regalias na cadeia

Sérgio Cabral ficou preso por mais de seis anos e passou por seis unidades prisionais diferentes nas cidades do Rio de Janeiro e Niterói, além de Pinhais, no Paraná.

Durante o período que ficou preso, Cabral teve várias regalias flagradas como a instalação de placas de isopor no teto de sua cela para isolar o calor, o uso de celulares, anabolizantes, videoteca, cigarros eletrônicos e cardápios de restaurantes para entrega, além de poder circular sem problemas pela unidade prisional de Bangu 8, assim como receber visitas e encomendas fora de hora.

Sérgio Cabral era o último condenado da Operação Lava Jato que ainda estava preso.