Os servidores do Banco Central decidiram, em Assembleia Geral Nacional realizada na quinta-feira, 29, dar início à Operação Padrão na próxima segunda-feira, 3. A decisão, segundo o Sinal, sindicato que representa a categoria, foi aprovada por mais de 95% dos votos na assembleia.

“Apesar das várias tentativas dos servidores do Banco Central em dialogar com o Governo, não houve avanços nos pleitos em relação à reestruturação da carreira do BC e após a regulamentação do bônus de eficiência dos auditores fiscais da Receita Federal”, diz o Sinal, em nota.

Na operação padrão, há paralisações parciais todos os dias e maior lentidão na prestação de serviços. No ano passado, a categoria fez o mesmo movimento durante as negociações pela reestruturação da carreira.

Na nota, o sindicato destaca que “o sucateamento a olhos vistos da carreira de especialista do órgão, que vem ocorrendo na última década, com reajustes abaixo da inflação, sem novos concursos e com as crescentes assimetrias em relação a outras carreiras congêneres coloca em risco as entregas da Autarquia à sociedade e põe em risco o cumprimento de sua missão institucional, incluindo seu papel de regulador e fiscalizador do Sistema Financeiro Nacional e como gestor do STR, Selic e Pix, por exemplo”.

Os servidores relatam que integrantes do Ministério de Gestão voltaram a negar às entidades representativas do corpo técnico do BC o avanço imediato da pauta de reestruturação da carreira sem impacto financeiro, assim como colocaram dificuldades em relação a outras demandas. “Em contraponto evidente ao tratamento amistoso e favorável dado aos servidores da Receita Federal”, destacam, numa referência à regulamentação do bônus de produtividade que foi feita para os servidores do Fisco.

“A remarcação da reunião plenária do Fórum Pix, a participação maciça e crítica dos servidores no Live BC e em outros eventos e atrasos ou interrupções em diversos outros serviços do BC vão se intensificar!”, ressalta a nota do Sinal.