Brasília - O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, fala à imprensa após reunião com o presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto (Antonio Cruz/Agência Brasil)

  O  governador  Luiz  Fernando  Pezão

Arquivo/Antonio Cruz/Agência Brasil

O Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais do Rio de Janeiro (Muspe) divulgou hoje (18) nota de repúdio contra a decisão do governador Luiz Fernando Pezão de se hospedar em um spa para fazer tratamento de saúde.

De acordo com o movimento, Pezão afasta-se no pior momento da crise para os servidores, com pelo menos 200 mil famílias passando grandes privações, por estarem com três pagamentos atrasados – maio e junho deste ano e o décimo terceiro do ano passado. O Muspe considera a atitude do governador um desrespeito aos servidores e à população, pois, com a crescente falta de segurança, falência da saúde pública e atraso de salários. Para os servidores, Pezão mostra absoluta falta de bom senso, hospedando-se num ambiente de luxo e ostentação.

O governador está afastado do cargo por sete dias desde o último domingo (16), devido a problemas de saúde. Ele está hospedado no Spa Rituaali, em Penedo, no sul fluminense. Segundo o site do estabelecimento, o local segue os princípios da medicina de estilo de vida e propõe programas para conquistar, definitivamente, o bem-estar do corpo e a autêntica expressão do bem viver.

A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do governo do Estado. Conforme a assessoria, Pezão está em tratamento com acompanhamento médico e todas as despesas são custeadas com recursos próprios. A estadia de uma semana no local custa entre R$ 14 mil e R$ 27 mil.

A assessoria do governo do Estado informou que Pezão está com problemas metabólicos, apresentando descompensação do diabetes e aumento de peso, entre outros sintomas. A nota diz ainda que o caso não tem relação com o câncer enfrentado pelo governador no ano passado. Durante o afastamento de Pezão, o vice-governador Francisco Dornelles está na chefia do Executivo estadual.

*Colaborou Ícaro Matos, repórter do Radiojornalismo