14/01/2020 - 14:21
Apesar da aparente recuperação nos últimos meses, o volume de serviços prestados ainda opera 9,8% abaixo do patamar mais alto registrado em novembro de 2014 pela Pesquisa Mensal de Serviços, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na série com ajuste sazonal, o segmento de serviços ficou positivo em cinco dos onze meses de 2019 com resultados já divulgados, recuando em outros seis. As taxas foram mais positivas a partir do segundo semestre.
De janeiro a novembro, os serviços avançaram 0,9% ante o mesmo período do ano anterior. A expectativa é que o setor tenha em 2019 o primeiro resultado positivo, depois de quatro anos sem crescimento.
“Para o setor de serviços fechar o ano estável, teria que ter uma queda de ao menos 8,8% em dezembro (ante dezembro de 2018). Para ficar no campo negativo, teria que ter queda superior a 10%. Nem com greve de caminhoneiros aconteceria, o que nem teve”, lembrou Rodrigo Lobo, gerente da Pesquisa Mensal de Serviços no IBGE.
Entre 2015 e 2017, o setor de serviços acumulou uma queda de 11%, seguido por uma estabilidade em 2018 (0,0%). “São quatro anos sem taxas positivas”, disse Lobo. “Será a primeira alta desde 2014”, acrescentou.
Ramos de atividade
De acordo com o IBGE, quatro das cinco atividades do setor de serviços mostraram bom desempenho em novembro deste ano, ante o mesmo mês do ano passado. Na média global, os serviços cresceram 1,8% nesse tipo de comparação, a terceira taxa positiva consecutiva.
O segmento de serviços de informação e comunicação (4,0%) exerceu a contribuição positiva mais relevante, impulsionado pelo aumento na receita das empresas de portais, provedores de conteúdo e ferramentas de busca na Internet; de atividades de TV aberta; de suporte técnico, manutenção e outros serviços em TI; de edição integrada à impressão de livros; de desenvolvimento e licenciamento de programas de computador não customizáveis; e de operadoras de TV por assinatura por cabo.
Os demais avanços ocorreram nos serviços profissionais, administrativos e complementares (2,8%), outros serviços (6,1%) e serviços prestados às famílias (1,3%).
O único resultado negativo foi de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-1,9%), puxado pela menor receita das empresas de transporte rodoviário de carga; de gestão de portos e terminais; e de transporte rodoviário coletivo de passageiros.
O agregado de atividades turísticas teve alta de 3,8% em novembro deste ano ante novembro do ano anterior.
Difusão
O índice de difusão dos serviços, que mostra o porcentual de subsetores investigados com avanços em relação ao mesmo período do ano anterior, passou de 52,4% em outubro para 50,6% em novembro.