O setor aéreo deve receber 201,3 milhões de passageiros neste ano, um aumento de 2% em relação ao mesmo período do ano passado. A movimentação engloba os 605 aeroportos no País. Para o próximo período de festas, incluindo Natal, Ano Novo e Carnaval, a expectativa é de crescimento entre 8% e 12% sobre o mesmo período anterior.

As projeções são da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC). Os dados apontam a retomada do setor, que chegou a cair 7,29% em 2016, depois de ter ficado estagnado em 0,3% em 2015 sobre o ano anterior.

Segundo Dario Lopes, secretário da SAC, a movimentação reflete a melhora econômica do País e uma queda média no preço das passagens. “Entre 2001 e 2016, o preço médio da passagem caiu 52%”, comentou.

Os estudos da SAC, realizados em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina, projetam que, nos próximos 20 anos, a demanda pelo transporte aéreo poderá triplicar, chegando a mais de 700 milhões de passageiros transportados em todo o País por ano.

Até 2037, projeta-se que um forte crescimento de demanda em aeroportos regionais do País, mas com expansão simultânea nos 30 maiores aeroportos do País, localizados em regiões metropolitanas, com 90,7% de participação destes últimos no total de movimentação.

Viracopos

Lopes disse que o governo aguarda uma “solução de mercado” para definir como ficará a situação da Infraero na operação em Viracopos. Hoje, a estatal detém 49% de participação na concessionária e o governo quer sair da operação. Além disso, avalia-se se a concessão será devolvida ou não ao governo, por conta de dificuldades financeiras enfrentadas pela empresa.

“Aguardamos, por parte da concessionária, que essa solução de mercado se concretize”, disse Lopes, que confirmou haver três grupos estrangeiros interessados em Viracopos.

A gestora de investimentos IG4 e a operadora holandesa de aeroportos Schiphol negociam com bancos e com o governo uma operação de mudança no controle e a capitalização de Viracopos. As negociações são feitas com os controladores de Viracopos, a Triunfo e a UTC, que juntos têm 51% do aeroporto.