13/06/2025 - 9:24
O volume do setor de serviços do Brasil cresceu 0,2% em abril em relação a março, marcando a terceira alta mensal consecutiva, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 13. Frente a abril de 2024, a alta foi de 1,8%.
Os resultados ficaram em linha com as expectativas em pesquisa da Reuters de, respectivamente, avanços de 0,2% e 1,7%.
Apesar do resultado positivo, no acumulado em 12 meses o setor desacelerou o crescimento para 2,7%, ante 3,1% observado nos 12 meses até março.
“Com o resultado de abril, o setor de serviços se encontra 0,2% abaixo do ponto mais alto de sua série, alcançado em outubro de 2024. Quanto ao patamar pré-pandemia, o volume total de serviços está 17,3% acima de fevereiro de 2020”, destacou o IBGE.
Transportes puxam alta
A atividade de transportes (0,5%) foi a única a apresentar desempenho positivo em abril. Foi o terceiro resultado positivo seguido, com ganho acumulado de 2,8%. As demais tiveram resultados negativos.
O volume de transporte de passageiros subiu 1,8% em abril sobre março, enquanto o volume do transporte de cargas caiu 0,3%. “O setor de transportes acumula alta de 2,8% nos últimos três meses. Esse maior dinamismo vem em consonância com uma safra mais robusta do que no ano passado, impactando na cadeia de transporte de insumos e produtos”, explicou o analista da pesquisa, Luiz Almeida.
Outros serviços (-2,3%), que registrou a segunda queda consecutiva, teve perda acumulada de 2,6%. Os demais recuos vieram de profissionais, administrativos e complementares (-0,5%), informação e comunicação (-0,2%), e serviços prestados às famílias (-0,1%), com todos eliminando pequenas parcelas de ganhos acumulados em meses recentes: de 1,8%, no primeiro setor; de 3,9%, no segundo; e de 2,0%, no último.
Atividades turísticas tiveram expansão de 3,2%
O índice de atividades turísticas mostrou crescimento de 3,2% em abril, frente ao mês imediatamente anterior, após ter recuado 0,1% em março. Com esse desempenho, o setor de turismo está 13,2% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 0,5% abaixo do ápice da sua série histórica, alcançado em dezembro de 2024.
Economia em desaceleração
A expectativa de analistas é de que a economia brasileira apresente acomodação no restante do ano, em um cenário de condições financeiras restritas, aperto monetário prolongado e inflação elevada, com destaque para a de alimentos.
Na véspera, o IBGE mostrou que as vendas do comércio caíram 0,4% em abril após 3 meses de crescimento.
O Banco Central volta a se reunir na próxima semana para decidir sobre a taxa básica de juros Selic, atualmente em 14,75% ao ano. Por outro lado, sustentam o consumo das famílias o mercado de trabalho resiliente e o aumento da massa salarial.