O setor de serviços registrou crescimento de 0,5% na passagem de março para abril, na segunda alta mensal seguia, segundo informou nesta quarta-feira, 12, o IBGE. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o setor mostrou expansão de 5,6%.

Com o resultado, o volume de serviços prestados no país se situa 12,9% acima do nível pré-pandemia (de fevereiro de 2020), mas 0,7% abaixo do ponto mais alto da série histórica, alcançado em dezembro de 2022.

No acumulado do ano, o volume de serviços tem alta de 2,3%, frente a igual período de 2023. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o avanço é de 1,6%.

Em abril, 3 das 5 atividades investigadas pelo IBGE tiveram alta, com destaque para os avanços vindos de transportes (1,7%) e de outros serviços (5,0%), com ambos crescendo pelo segundo mês consecutivo e acumulando ganhos de 2,5% e 5,3%, respectivamente. O outro avanço ficou com informação e comunicação (0,4%), que renova, em abril de 2024, o ápice de sua série histórica.

Resultado acima do esperado

O resultado de abril veio melhor do que a expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,2%.

A atividade econômica brasileira vem sendo favorecida por um mercado de trabalho forte, aumento da renda e inflação sob controle, o que ajuda a impulsionar o consumo de serviços tanto pelas famílias quanto por empresas.

Ao mesmo tempo, o Banco Central vem mostrando preocupação com a inflação de serviços, em meio ao ciclo de afrouxamento monetário que levou a taxa básica de juros Selic ao atual nível de 10,5%.

Com a aceleração da inflação em maio, aumentaram as apostas de que a Selic será mantida em 10,5% na reunião da próxima semana do Comitê de Política Monetária (Copom).