30/08/2017 - 13:06
A Universíade de Taipei terminou com shows de cantores e bandas taiwanesas na noite de hoje (30). A festa no Estádio Municipal de Taipei começou por volta das 8h (horário de Brasília) e foi encerrada pelo presidente da Federação Internacional do Esporte Universitário, Oleg Matysin, que elogiou o apoio da população e do governo local à competição.
“Vocês foram graciosos e generosos. Tenho certeza de que os atletas aprenderam com os valores do esporte e com seus valores”, disse Matysin, que terminou seu discurso desejando “forza” a Nápoles, cidade-sede da Universíade de 2019.
A próxima sede dos jogos mundiais universitários foi exibida em vídeo no estádio, com imagens de seus monumentos históricos, praças e paisagem mediterrânea. Na parte final da cerimônia, clássicos italianos como O sole mio foram interpretados por um cantor lírico, enquanto dançarinos de tarantela apresentavam uma coreografia feita especialmente para a cerimônia.
O vice-presidente de Taiwan, Chien-Jen Chen, foi o primeiro a discursar no evento, após uma série de shows que incluíram principalmente música pop e rock, incluindo hits americanos. Ele destacou que o evento provou que Taiwan “é mais do que capaz de organizar um grande evento internacional”.
“Só trabalhando juntos podemos brilhar no cenário internacional”, afirmou.
Taiwan busca ser reconhecido internacionalmente como país independente da China, mas é considerado território chinês por Pequim. A maior parte dos países do mundo também não reconhece Taiwan.
Durante o evento, a delegação anfitriã foi chamada de Taipei Chinesa, nome que recebe em competições internacionais, em que a China também participa.
“Os 23 milhões de taiwaneses livres, abertos e acolhedores receberão vocês de novo”, disse o vice-presidente.
Durante a festa, vídeos relembraram momentos marcantes da competição e arracaram lágrimas dos atletas que assistiam do centro do estádio. O tenista brasileiro Antonin Haddad, de 21 anos, disse que guardará o carinho dos taiwaneses na memória.
“É indescritível a sensação de estar aqui. Foi tudo perfeito, e a gente foi muito bem recebido por esse povo que parece que ama a gente e tem amor pelo que faz”.
A atleta do badminton Gabriele Cavalcante, que tem 22 anos e estuda fisioterapia, afirmou que mesmo voltando para casa sem medalhas, evoluiu como atleta. “A número um do badminton está participando. Poder ver ela jogar engrandece a minha carreira. E, por jogar com atletas de alto nível, a gente acaba aprendendo, mesmo perdendo alguns jogos”.
O Brasil terminou a Universíade na 28ª colocação no quadro geral de medalhas, com dois ouros, quatro pratas e seis bronzes. Japão, Coreia do Sul e Taipei Chinesa foram os três países com mais ouros.
*O repórter viajou a convite da Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU)