Os ministros da Fazenda e de Minas e Energia, Fernando Haddad e Alexandre Silveira, confirmaram nesta segunda-feira, 11, que a Petrobras poderá revisar sua decisão de reter os dividendos extraordinários em uma conta de reserva de remuneração de capital, conforme ficou estabelecido na semana passada.

Após a ordem do conselho derrubar as ações da Petrobras, com o temor de ingerência do governo federal sobre a direção da estatal, os dois ministros falaram à imprensa depois de reunião de mais de três horas que ocorreu nesta tarde no Palácio do Planalto, e buscaram ressaltar que a governança da petroleira está sendo respeitada. Ao negar que o assunto tenha sido discutido no encontro, que também reuniu o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, o ministro de Minas e Energia alegou que a distribuição dos dividendos é “dinâmica” e que a divisão destes recursos será avaliada no momento adequado.

Haddad seguiu a mesma linha e afirmou que a conveniência de “quanto” e “quando” será a distribuição é uma decisão que caberá a Petrobras, repetindo mais de uma vez que não cabe à Fazenda opinar sobre a retenção ou a divisão desses recursos com os investidores. “O que se fez foi colocar recurso numa conta de remuneração do capital, enquanto se processam as informações necessárias para que o conselho tenha a segurança de que ele vai fazer esse balanço entre distribuição e investimento sem colocar em risco os compromissos com acionistas e o plano de investimentos, que vai gerar desenvolvimento. É um sopesamento que tem que ser feito para que a companhia produza os melhores resultados para si e para o desenvolvimento do País”, disse Haddad.