16/04/2024 - 10:19
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, garantiu nesta terça-feira, 16, que o Brasil vai buscar o déficit zero no ano que vem, apesar da banda inferior da meta de resultado primário garantir a possibilidade de um déficit de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) nas contas públicas em 2025. “Queremos garantir que o Brasil nunca mais gaste além do que arrecada”, reforçou a ministra, que concedeu nesta terça entrevista a GloboNews.
Na avaliação de Tebet, o primeiro ano da administração do governo federal teve como foco o aumento de receita, em vista da necessidade de retomada de alguns programas sociais que,segundo ela, foram descontinuados pela antiga administração.
“Foco do primeiro ano foi a receita, fomos cobrar de quem não era cobrado e garantir justiça tributária pelo lado da receita”, frisou a ministra.
Ela reforçou, no entanto, que esse ajuste apenas pelo lado da receita está “se exaurindo” e que o foco do seu ministério para 2024 e 2025 é o de atacar gastos ineficientes. “O ano passado foi de contactar fraudes e erros em programas do governo”, disse Tebet.
A ministra ainda pontuou que o Congresso Nacional tem sido “parceiro” do governo federal por essa busca pelo reequilíbrio fiscal, “apesar de alguns senões”. “Democracia é isso, o Executivo apresenta um projeto e não necessariamente o Congresso e o Legislativo acham que é o ideal e faz ajustes.”
Lula categórico sobre políticas públicas
Simone Tebet afirmou ainda que a equipe econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem objetivos e foco, sabe onde quer chegar e a forma como chegará. Tebet defendeu que o momento não é de criação de novos gastos, e sim de tornar os atuais eficientes.
“Nas duas últimas reuniões presenciais, Lula foi categórico: chega de inventar políticas públicas, vamos entregar da forma mais eficiente as políticas que já foram lançadas pelo governo”, disse ela. “Pior do que gastar muito é gastar mal o dinheiro público”, emendou.
Na entrevista à GloboNews, a ministra disse que há diálogo constante com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para conseguir uma política fiscal equilibrada, de modo que não sufoque a economia e o crescimento, mas com a manutenção do cuidado com a responsabilidade fiscal.