Além da falta de luz e de água em várias regiões da cidade desde quarta-feira, 10, os moradores da Grande São Paulo também convivem com a instabilidade dos serviços de telecomunicações, que abrangem telefonia e internet nesta sexta-feira, 12.

Já são mais de 48 horas desde o início do apagão, que chegou a atingir 2,2 milhões de endereços. No meio da tarde desta sexta, ainda havia 618 mil imóveis sem luz na capital e nas 23 cidades da região metropolitana que estão na área de concessão da Enel.

Em nota, a empresa diz que o vendaval causou “danos severos à infraestrutura elétrica” e afirma ter reforçado o número de equipes nas ruas para fazer os reparos.

Conforme a Conexis Brasil Digital, associação que representa as operadoras, a instabilidade do serviço decorre da ventania que atingiu a cidade na quarta, após rajadas de quase 100 km/h, causando quedas de árvores e o desabastecimento da rede de energia por tempo prolongado.

A entidade afirma que “equipes atuam para a retomada do serviço”. “O reestabelecimento da energia elétrica é essencial para a regularização do serviço de telecom, já que as torres e antenas precisam de energia para funcionar”, diz a entidade em nota enviada ao Estadão.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) afirma que o vendaval não provocou danos diretos à infraestrutura de telecomunicações, como antenas e cabos.

Nesse cenário, a entidade confirma que a instabilidade decorre da “indisponibilidade de energia elétrica necessária para alimentar esses sites”.

A Anatel acrescenta que, mesmo com o uso de fontes alternativas de alimentação, como baterias e geradores, “a duração prolongada da interrupção no fornecimento de energia comprometeu a continuidade dos serviços”.

Em nota, a concessionária afirmou que o evento causou “danos severos à infraestrutura elétrica” e que será necessário reconstruir trechos da rede.

A concessionária afirma ter reforçado antecipadamente seu número de técnicos nas ruas. Ao longo do dia, diz ter 1,6 mil equipes em campo para restabelecer a energia, além de disponibilizar 700 geradores para as áreas afetadas.

Dentre os afetados, estava a Ceagesp, maior rede de abastecimento da América do Sul, que ficou mais de 40 horas sem luz. A energia só retornou nesta sexta.