Os metroviários de São Paulo aprovaram nesta segunda-feira (10), em assembleia, uma paralisação de quatro linhas do Metrô nesta quarta-feira (12). De acordo com o Sindicato dos Metroviários de São Paulo, não houve um acordo nas três reuniões de negociação realizada com a empresa.

Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 9,72% – referente à inflação acumulada dos últimos dois anos– e a manutenção de direitos como os adicionais noturnos de 50% e de férias de 70% sobre o salário.

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De acordo com o Agora, a paralisação ainda será discutida em audiência virtual do TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região) às 14h desta terça-feira (11) e o resultado dessa negociação será colocado em consulta pela internet para votação dos trabalhadores também nesta terça, entre 19h e 21h, informou o sindicato.

A paralisação, se confirmada, atinge as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata (monotrilho). Vale destacar que as linhas 4-Amarela e 5-Lilás não estão incluídas na mobilização porque têm data-base em março.

No início de abril, a categoria pedia para ser incluída no grupo prioritário para a vacinação contra a covid-19 e ameaçava entrar em greve. O pedido foi atendido.

Segundo o Agora, o Metrô de São Paulo informou, em nota, que “manteve e mantém os salários pagos rigorosamente em dia e todos os seus benefícios aos funcionários, mesmo com a perda de 50% de sua receita”.

Além disso, a companhia afirmou que ofereceu a manutenção de diversos benefícios além dos exigidos pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), como o pagamento de vales refeição e alimentação, previdência suplementar, plano de saúde sem mensalidade, hora extra de 100%, adicional noturno de 30%, adicional de férias em 40% e complementação salarial para afastados.