Com a flexibilização das apostas esportivas no Brasil decorrente da medida provisória 846 promulgada em 2018 pelo governo do ex-presidente Michel Temer, sites de aposta esportiva iniciaram patrocínios legalizados em meio aos seus serviços online que, de acordo com a MP, podem ser localizados no Brasil oficialmente em breve, como empresas nacionais gerando impostos significativos ao governo, de acordo com análises.

O ano passado foi um período bastante relevante para o tema, pois diversas empresas relacionadas às apostas divulgaram seus serviços em diversas situações. Um grande exemplo foi que, 14 clubes de futebol Série A do país tiveram estampado em suas camisas os nomes de sites onde você pode apostar prevendo resultados dos jogos, como quem vencerá, jogadas específicas, etc. O número não se compara à visibilidade destes serviços em regiões como na Europa, onde já são bastante consagrados, mas sem dúvidas já é muito relevante.

Dentre os times do ano passado, foram patrocínios de Atlético-MG com a Betsul, Vasco da Gama com NetBet, Bahia com Casa de Apostas, Botafogo com Casa de Apostas, Ceará com Estadium Bet, Corinthians com Galera Group, Coritiba com MarjoSport, Fortaleza com EsporteNet, Flamengo com Sportsbet.io, Goiás com MarjoSport, Grêmio com Betsul, Red Bull Bragantino com NetBet, Santos com Casa de Apostas e São Paulo com Betsul.

Ainda pode ser cedo para recorrer sobre diversos patrocínios para 2021, principalmente sobre incertezas devido à pandemia, mas mesmo assim a NetBet, um dos websites de cassino online mais promissores do mercado, após trazer um novo sistema de apostas “ao-vivo”, já promete mais novidades e confirma pretensão de grandes investimentos direcionados ao público brasileiro.

Sites de apostas devem continuar investindo no Brasil; Tema avança nos estados
Sites de apostas devem continuar investindo no Brasil; Tema avança nos estados (Crédito:Imagem: Acervo NetBet.)

Dentre as novidades, foram divulgadas possíveis oportunidades relacionadas na popularmente chamada ‘bolsa de valores’ do mundo esportivo, de acordo com seu diretor de marketing brasileiro, Marsio Schneider. Além de Vasco da Gama e Redbull Bragantino a NetBet apostou em patrocinar o lutador de MMA Junior Cigano e o maior torneio de Brazilian Jiu-Jitsu do mundo, o BJJ Stars. Também foi uma das primeiras a desbravar o país com o patrocínio do time Fortaleza para a campanha de 2019.

Em artigo publicado na Folha de S.Paulo, os jornalistas João Gabriel, Alex Sabino e Carlos Petrocilo fazem uma análise da atual situação das apostas esportivas no Brasil, ainda não regulamentadas, e a possibilidade de os estados adotarem
localmente o gerenciamento de suas loterias. Hoje, dos 20 clubes da série A do brasileirão, 15 têm patrocinadores de sites de apostas. Enquanto o tema não avança no Ministério da Economia, uma decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), possibilita que estados gerenciem suas próprias loterias e também casas de apostas. Algo que já está em constantes discussões.

De acordo com o GamesBras, site especializado sobre o tema, está na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa de Goiás um projeto do deputado Vinicius Cerqueira (PROS) para regulamentar o tema no estado. Na Assembleia Legislativa do Maranhão também corre um projeto, enviado pelo governo. Segundo Antonio Nunes, presidente da Maranhão Parcerias (autarquia que cuida do tema), já há cerca de 30 empresas interessadas em operar no estado. Porém, são uma possibilidade prevista, mas ainda não prioritária. Antonio afirma: “Não incluímos em um primeiro momento [apostas esportivas] porque temos pressa em implantar a loteria estadual. Temos programas de educação para o qual esse dinheiro será destinado”.

O plano do governo, de um modo geral, é que as arrecadações em impostos com apostas esportivas devem ser destinadas para além do pagamento do prêmio ao apostador, à seguridade social, ao Fundo Nacional de Segurança Pública, à educação e aos clubes de futebol.